Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Santos, Sara Maria Cunha Bitencourt
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Orientador(a): |
Moreira, Lúcia Vaz de Campos
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Banca de defesa: |
Rabinovich, Elaine Pedreira,
Ramos, Dalton Luiz de Paula |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/123456730/147
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Resumo: |
A presente dissertação de mestrado investigou possíveis relações entre estresse e envolvimento paterno de servidores públicos com filho(s) pequeno(s), no contexto de uma organização pública localizada em Salvador (Bahia). Para atingir tal objetivo, foi escolhida uma abordagem multimetodológica, com estratégias quantitativas e qualitativas. Participaram do estudo 30 homens que são servidores efetivos de um Órgão público, em Salvador, e pais de pelo menos um(a) filho(a) com idade entre zero e seis anos incompletos. Eles também possuem nível superior de escolaridade e ocupam cargo de especialidade compatível à sua formação. Após aprovação do estudo no Comitê de Ética em Pesquisa da UCSal, os funcionários foram convidados, por e-mail institucional do Órgão em que atuam, a participar da investigação. Os que aceitaram assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e preencheram o “Formulário para levantamento de dados sociodemográficos” e o “Questionário de fontes de estresse presentes no cotidiano” (ambos construídos pela pesquisadora). Além disso, também responderam o “Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp” (ISSL). Dentre os respondentes, foram escolhidos aleatoriamente cinco com estresse e outros cinco sem estresse (conforme diagnosticado por meio do ISSL), e eles participaram de entrevista na qual foi utilizado o roteiro “Conciliação entre envolvimento paterno, família e trabalho”, também elaborado pela pesquisadora. Houve análise estatística para os dados quantitativos e análise de conteúdo das respostas das questões abertas. Os principais resultados foram: pouco mais da metade dos participantes (54,0%) informou que o seu cotidiano estava permeado de muitas fontes estressoras, distribuídas nas diversas áreas do cotidiano – família, trabalho, saúde e sociedade contemporânea. Na percepção dos mesmos, as que mais interferiam negativamente no envolvimento deles com os seus filhos pequenos, foram: (a) família: “ter passado recentemente por separação/divórcio” e “dedicar pouco tempo para a família”; (b) sociedade contemporânea: “mudar de cidade” e “considerar que a sua presença com os filhos pode em parte ser substituída por produtos de consumo (presentes)”; (c) saúde: “enfrentar problemas de sono” e “adotar hábitos de vida prejudiciais à saúde (ex: fumo e sedentarismo)”; (d) trabalho: “considerar a sua carga horária de trabalho semanal excessiva”. Foi detectada a presença de quadro clínico de estresse em 53,3% dos participantes, entre os quais 50,0% encontrava-se na fase de Resistência e 3,3% na fase de Quase-exaustão. Em relação à predominância de sintomas, um pouco mais da metade dos respondentes (56,0%) apresentaram sintomas físicos e psicológicos, tendo destaque para tensão muscular, insônia, vontade súbita de iniciar novos projetos, irritabilidade excessiva e sensibilidade emotiva excessiva. Ao se comparar o envolvimento paterno de pais com estresse e sem estresse, percebeu-se que ambos os grupos referiram um alto envolvimento, em termos de interação, acessibilidade e responsabilidade. Entretanto, foram encontradas entre eles diferenças de percepção sobre os impactos dos fatores estressantes, pois enquanto o grupo de pais com estresse destacou os impactos negativos do estresse na saúde e no envolvimento com os filhos, os pais sem estresse relataram uma percepção mais positiva da vida e uma maior facilidade na conciliação de demandas profissionais e familiares. Por fim, foi evidenciada a necessidade de outros estudos que aprofundem aspectos relacionados a estresse, trabalho e envolvimento paterno bem como comparar o envolvimento tanto do pai quanto da mãe com seus filhos, tendo em vista os desafios contemporâneos postos a ambos. |