Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Aroldo Barbosa da
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Orientador(a): |
Moreira, Lúcia Vaz de Campos
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Banca de defesa: |
Galvão, Nelma de Cássia Silva Sandes,
Bastos, Ana Cecília de Sousa Bittencourt |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/123456730/210
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Resumo: |
A presente dissertação de mestrado investigou o envolvimento do pai com o filho com deficiência visual, na faixa etária entre dois e seis anos. Para atingir tal propósito foi utilizada a pesquisa qualitativa, optando-se por estudo de casos múltiplos. Participaram da pesquisa seis pais, residentes no estado da Bahia, que tinham pelo menos um filho com deficiência visual, com idade entre dois e seis anos, acompanhado em instituição que atende precocemente crianças com tal deficiência. Além de coabitar com a criança, o pai também tinha outro filho sem deficiência. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Prof. Dr. Celso Figueirôa Hospital Santa Izabel/SCMBA e, em seguida em instituição que atende crianças com deficiência visual, foram selecionados os participantes de acordo com os critérios anteriormente referidos. Eles foram convidados por meio de telefonemas para que comparecessem em dia e horário previamente agendados. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As entrevistas foram realizadas com cada pai em separado e gravadas para que nenhuma informação se perdesse. Os dados foram analisados de forma descritiva. Os principais resultados foram: a chegada do filho deficiente visual causou impactos diferentes na família dos participantes dependendo das experiências anteriores de convivência com pessoas com deficiência, mas foi dada continuidade à vida aprendendo a lidar e a conviver com a presença de um membro nessas condições no contexto familiar. Ser pai de um filho com deficiência visual, mesmo com os dramas vividos, consiste em experiência positiva, uma dádiva. A interação direta do pai com seufilho com deficiência visual se deu por meio de várias formas, tais como: transportando-o, acompanhando-o nos atendimentos especializados, cuidando fisicamente dele, proporcionando a ele lazer/convivência, acompanhando-o na realização das tarefas escolares e comunicando-se com ele. Os pais se encontram mais disponíveis para atender as necessidades dos seus filhos nos momentos em que estão presentes em casa, bem como quando estão em horário de trabalho, desde que solicitados por telefone. Também são disponíveis nos momentos em que as mães encontram-se ausentes. Os entrevistados relataram que se sentem responsáveis pelas suas crianças em todos os aspectos, sendo que um pai destacou o provimento financeiro e o lazer e, outro, a tomada de decisões. Ao se comparar as formas de envolvimento paterno com a criança com deficiência visual e com o filho sem deficiência, constatou-se que no quesito interação, o envolvimento é maior com o filho deficiente visual, em decorrência dos cuidados requeridos pela deficiência. Por outro lado, os pais se envolvem de forma igual com relação à acessibilidade e a responsabilidade. Conclui-se que os pais apresentaram um bom envolvimento na interação direta com a sua criança com deficiência visual, o que favoreceu o desenvolvimento psicossocial do filho. Além disso, a presença do pai foi positiva no apoio moral dispensado à sua esposa, o que ajudou no enfrentamento do drama familiar diante do filho com deficiência. Aponta-se para a necessidade de estudos futuros que aprofundem o envolvimento do pai nos diversos tipos de deficiência. |