Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Zelma Miriam Barbosa
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Orientador(a): |
Pitta, Ana Maria Fernandes
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Banca de defesa: |
Lepikson, Maria de Fátima Pessôa
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Barros, Sônia,
Rodrigues, Gilmara Ribeiro S. |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica do Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Políticas Sociais e Cidadania
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/prefix/1769
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Resumo: |
Os fatores que contribuem para o prazer, sofrimento e adoecimento no trabalho foram fortemente influenciados pelas grandes transformações que ocorreram ao longo da história, em particular no mundo do trabalho contemporâneo. Este estudo tem como objetivo geral identificar os fatores determinantes de prazer e sofrimento no trabalho de enfermagem no contexto hospitalar. Os objetivos específicos, foram assim definidos: caracterizar o perfil sociodemográfico, ocupacional e clínico das trabalhadoras de enfermagem no contexto hospitalar; estimar a prevalência de riscos para transtornos mentais comuns entre as trabalhadoras de enfermagem; descrever os fatores que colaboram para o prazer e o sofrimento no processo de trabalho da equipe de enfermagem e apresentar as estratégias de enfrentamento do sofrimento Trata-se de um estudo analítico, transversal e qualitativo desenvolvido em um hospital geral de grande porte. A população do estudo foi constituída de enfermeiras e técnicas de enfermagem. A amostra quantitativa foi constituída de 372 trabalhadoras de enfermagem; a qualitativa, de 12 enfermeiras e 11 técnicas de enfermagem. A coleta de dados da pesquisa quantitativa ocorreu de fevereiro a maio de 2019, mediante aplicação de três instrumentos: Trabalho Hospitalar em Saúde, Alcohol Use Disorder Identification Test, e Self Report Questionnaire-20. A coleta da pesquisa qualitativa ocorreu de outubro a dezembro de 2019. Os dados quantitativos foram submetidos a análise bivariada e foi realizado o teste qui-quadrado de Pearson. Adotou-se o nível de significância estatística de 5%. A associação entre as variáveis estudadas e a presença de riscos para os transtornos mentais comuns foram estimadas pelo cálculo da razão de chances Odds Ratio, adotando-se o intervalo de confiança a 95% como medida de precisão. Os dados qualitativos foram submetidos à análise de conteúdo temática após transcrição das entrevistas. A população do estudo quantitativo foi composta majoritariamente por indivíduos do sexo feminino (96%), com idade inferior a 39 anos (49,1% ), cor da pele preta ou parda (88,4%), com companheiro (52,1%), com filhos (60,2%). Predominou nível superior ou mais (58,3%), renda inferior a cinco salários mínimos (71,2%). A prevalência geral de riscos para os transtornos mentais comuns foi de 42,2%. Observou-se que não houve diferenças estatisticamente significantes entre as características sociodemográficas e os riscos para Transtorno Mental Comum. Em relação à saúde atual, foi significativo ter problemas de saúde e uso de medicação. No desfecho da análise hierarquizada observou-se que o uso de medicação mostrou-se como fator de risco e a divisão adequada de tarefas e sentir disposição para se divertir no final da jornada de trabalho configuraram-se como fatores de proteção. Na análise dos dados qualitativos emergiram as seguintes categorias: Cuidando do outro e cuidando de si; organização e processo de trabalho de enfermagem no hospital; relacionamento interprofissional no ambiente de trabalho e estratégias de enfrentamento. Concluiu-se que o processo de trabalho constituiu-se em fator determinante de prazer e sofrimento no trabalho de enfermagem no contexto hospitalar. |