Prazer e sofrimento no trabalho: estudo sobre a percepção dos terceirizados que atuam em uma instituição federal de ensino superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Josane Sodré Cupertino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário Unihorizontes
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27182
Resumo: No Brasil a terceirização, que surgiu no meio empresarial, está sendo amplamente adotada pela administração pública como forma de reduzir custos e de aumentar a eficiência da máquina pública. A terceirização enquanto prática de gestão é uma forma de flexibilização da contratação de mão de obra com forte tendência à precarização das condições de trabalho que expande por vários setores da economia. Esta dissertação teve por objetivo descrever e analisar a percepção de vivências de prazer e sofrimento no trabalho de terceirizados que atuam em uma Instituição de Ensino Superior no Estado de Minas Gerais. Para tanto, foi realizada uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de 10 entrevistas estruturadas com trabalhadores terceirizados da referida instituição e examinados por meio da análise de conteúdo. Os principais resultados revelaram que, no que tange ao contexto do trabalho, a organização deste é caracterizada por ritmo intenso de serviço, tempo adequado no desempenho das atividades e fiscalização moderada. O ambiente físico e os equipamentos são adequados, os trabalhadores se sentem seguros no trabalho e as relações socioprofissionais poderiam ser aperfeiçoadas. Os custos físicos foram considerados intensos, e não se observaram custos afetivos. Quanto ao sentido do trabalho, as vivências de prazer se manifestaram pela satisfação e motivação no serviço, pelo sentimento de orgulho, utilidade e reconhecimento. Já as vivências de sofrimento são experimentadas pela insegurança, discriminação e injustiça no trabalho. As estratégias utilizadas para lidar com o sofrimento são de caráter individual, compreendidas pelo autocontrole, pela prática de exercícios físicos e pelo relaxamento, bem como pelo voltar-se para a família. No que tange aos danos causados pelo trabalho, os entrevistados desenvolveram lesões na coluna, hipertensão e problema no manuseio de produtos químicos. Em se tratando de danos psicossociais, esses trabalhadores não apresentaram conflitos nas relações familiares e sociais, como também não possuem o desejo de abandonar o serviço.