Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Beckman, Karla Adriana Ferreira
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Orientador(a): |
Pitta, Ana Maria Fernandes
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Banca de defesa: |
Franco, Anamélia Lins e Silva
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Lepikson, Maria de Fátima Pessôa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica do Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Políticas Sociais e Cidadania
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/prefix/1744
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Resumo: |
Introdução: O modelo assistencial em saúde mental prevê um serviço que busque integrar pessoas na sociedade e que desenvolva ações que proporcionem independência na sua vida pessoal e familiar. Para isso, surge o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que tem por finalidade prestar atendimento diuturno às pessoas que sofrem transtornos mentais severos e persistentes. Com a necessidade de ampliar o cuidado e a aplicabilidade de práticas que desenvolvam a promoção da saúde, a prevenção de agravos, melhora nas condições de bem-estar físico, mental, social surge uma nova modalidade de acompanhamento do processo saúde-doença no SUS chamado de Práticas Integrativas e Complementares (PICs). O campo das práticas integrativas e complementares contempla os sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais foram denominados pela Organização Mundial de Saúde como Medicinas Tradicionais e Medicinas Complementares Alternativas. Em 2016 foi implantando no CAPS de Pau da Lima o primeiro grupo de práticas integrativas e complementares usando a técnica da auriculoterapia como possibilidade de cuidado ao usuário de saúde mental. Sendo assim, a partir desta vivência identificou-se que no município de Salvador não havia implantado e implementado as PICs como política de atenção à saúde para a população, assim como, buscou-se compreender de que forma os profissionais estavam realizando as práticas nos CAPS de Salvador. Objetivos: Identificar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais para a realização das PICs como recurso nos CAPS de Salvador/Bahia, assim como, apontar como estes estão gerenciando o cuidado usando as práticas integrativas e complementares. Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa e descritiva, tendo como procedimentos técnicos e metodológicos a pesquisa de campo. Os sujeitos do estudo incluíram os profissionais que realizam as PICs como estratégia de cuidado nos CAPS de Salvador/Bahia. A coleta de dados se deu através de entrevista semiestruturada com base na técnica dos incidentes críticos para que os profissionais pudessem responder. A análise dos dados ocorreu através da análise de conteúdo proposto por Bardin (2016) e também através da análise temática de Minayo (2014). Resultados: Os dados coletados foram apresentados e discutidos em cinco categorias, a saber: (1) caracterização dos sujeitos; (2) caracterização da Prática Integrativa e Complementar; (3) Ações de gerência do cuidado em saúde mental relacionadas com as práticas integrativas e complementares nos CAPS; (4) Situações-problemas encontradas pelos profissionais que realizam as PICs nos CAPS; e (5) Situações, comportamentos e as consequências que envolvem a gestão do cuidado em saúde mental através da utilização das PICs nos CAPS. Considerações finais: A pesquisa evidenciou a importante contribuição das PICs no processo de reabilitação psicossocial dos usuários, identificando o cuidado continuado, humanizado e integrado em saúde para os sujeitos, favoreceu ainda discutir o gerenciamento das práticas integrativas e complementares no campo da saúde mental abordando as dificuldades enfrentadas pelos profissionais, mas também evidenciando os aspectos facilitadores desse processo. Dada a importância do assunto, torna-se necessário o desenvolvimento de outros estudos relacionados as PICs não somente no campo da saúde mental, mais em outros dispositivos da rede de atenção à saúde. Pensar em pesquisas que possam envolver os usuários abordando suas percepções em relação as PICs quanto a contribuição dessas práticas na vida profissional e pessoal. |