Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Santos, Joana D'Arc Silva
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Orientador(a): |
Bastos, Ana Cecília de Sousa Bittencourt
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Banca de defesa: |
Reis, Lilian Perdigão Caixêta,
Mahfoud, Miguel |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica do Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/123456730/158
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Resumo: |
A velhice apresenta-se como um contexto existencial singular, o que justifica a expressão utilizada por Norbert Elias: “a solidão dos moribundos”, observada para grande número de pessoas idosas. A caracterização desse sentimento dar-se-ia pela fragilidade biológica, emocional e psicológica dos idosos. Dessa forma os idosos convivem com a passagem do tempo e a inexorável finitude de nossa existência, adquirindo uma percepção temporal mais sensível com o passar dos anos. Por outro lado, seria possível, diante desse quadro de finitude humana e aumento de fragilidades, permanecer feliz e encontrar sentido existencial, ou um motivo para ser feliz, na acepção de Frankl (1984)? Tal questionamento motivou a realização de um estudo qualitativo, baseado em histórias de vida, cujo objetivo foi analisar a percepção sobre o sentido da vida na velhice de educadoras idosas (aposentadas) residentes em cidades do interior da Bahia, maiores de 60 anos. Os dados foram coletados por meio de pesquisa qualitativa através de entrevistas narrativas abertas. A compreensão em maior profundidade oferecida pela entrevista qualitativa pode fornecer informação contextual valiosa para ajudar a explicar achados específicos (Bauer, 2003). Assim, foram feitas as seguintes perguntas disparadoras: O que é envelhecer para você? Como é estar aposentada? Fale-me sobre momentos felizes de sua vida. Fale sobre momentos difíceis que teve de enfrentar, e como você os superou. Coerentemente com a abordagem de história de vida (Oliveira, 2008), registrou-se fielmente, em áudio, a fala dos sujeitos, transcrita verbatim. As participantes do estudo são seis senhoras que foram educadoras e hoje estão aposentadas, residentes em cidades do interior da Bahia, pertencentes à classe média e praticantes do catolicismo com idades entre 60 e 92 anos. Cada participante foi entrevistada em sua própria residência. Os transcritos geraram categorias temáticas, discutidas com base na abordagem da psicologia cultural de base semiótica Zittoun (2004) do Sentido da Vida de Viktor Frankl (1984). Foram especialmente relevantes, para a interpretação dos dados, os seguintes aspectos: análise das trajetórias desenvolvimentais a partir do evento aposentadoria e viuvez, tomados como pontos de ruptura e transição; a vivência de valores sob os quais o ser humano encontra sentido em suas ações como criador: são os valores de criação; quando se entrega à experiência de algo que recebe do mundo: são os valores de vivência; e quando escolhe por atitudes afirmativas diante do sofrimento: são os valores de atitude. Essas análises permitiram a identificação de recursos materiais e simbólicos utilizados pelas participantes para enfrentarem a velhice, aposentadoria e viuvez. Nas conclusões, destaca-se a presença da vivência dos valores propostos por Frankl com a identificação de sentido de vida e inteireza existencial. |