No dia-a-dia... a luta: a família da criança com deficiência física

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Sá, Sumaia Midlej Pimentel lattes
Orientador(a): Rabinovich, Elaine Pedreira lattes
Banca de defesa: Iriart , Jorge lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Família na Sociedade Contemporânea
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ucsal.br/handle/prefix/1111
Resumo: No presente trabalho, procura-se identificar de que forma famílias de baixa renda se reestruturam após o nascimento de uma criança com deficiência física determinada por Encefalopatia Crônica da Infância. Trata-se de um estudo descritivo de cunho qualitativo que empregou a técnica de análise de conteúdo, que foi agrupado em eixos temáticos construídos a partir de leitura e análise de entrevistas. Foram selecionadas oito famílias nucleares em cujo seio houvesse uma criança com deficiência física que freqüentasse uma clínica escola de Fisioterapia em Salvador, Bahia, 2004. Pais e mães destas crianças (onze) responderam um instrumento de pesquisa na forma de entrevista semi-estruturada, acrescida de levantamento sobre o contexto socioeconômico e cultural. Observou-se que muitas são as dificuldades enfrentadas pela família, entre elas a perda do objeto do desejo, a redução da renda e dos contatos sociais e o desequilíbrio emocional. Estes são os fatores internos e externos que colaboram para aumentar o estresse familiar, exercendo grande influência nas interações familiares. Foi possível também observar que as famílias analisadas reagiram à adversidade, estabelecendo estratégias para adaptação e construção de soluções. Concluiu-se que novas formas de reestruturação ocorreram para manter o equilíbrio. Torna-se necessária uma maior mobilização da família e da sociedade na criação e/ou manutenção de políticas públicas que validem o deficiente físico como sujeito e cidadão. Dado a importância do tema e a escassez de estudos na área, pesquisas posteriores devem ser realizadas focalizando a dinâmica do funcionamento familiar para que seja possível avaliar melhor o impacto da deficiência física na estrutura familiar.