A presença da pessoa com deficiência na família: com a palavra, o irmão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sá, Sumaia Midlej Pimentel lattes
Orientador(a): Rabinovich, Elaine Pedreira lattes
Banca de defesa: Cerveny, Ceneide Maria de Oliveira, Araújo, Sheila Correia de, Alcântara, Miriã Alves Ramos de, Moreira, Lúcia Vaz de Campos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Salvador
Programa de Pós-Graduação: Família na Sociedade Contemporânea
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ucsal.br/handle/123456730/129
Resumo: Esta tese aborda o impacto que a presença de uma pessoa com deficiência física decorrente de Paralisia Cerebral acarreta no seu irmão com desenvolvimento típico. Pretendeu-se compreender, a partir das narrativas de episódios da vida de irmãos jovens, como vivenciam e/ou vivenciaram esta relação fraterna, as interações ocorridas e a influência que a experiência desta convivência produziu no seu desenvolvimento, sua concepção acerca da deficiência, assim como investigar diferenças entre lugares vivenciados por irmãos e irmãs, e discutir as repercussões advindas do preconceito no comportamento de irmãos de pessoas com deficiência física. A deficiência física é compreendida a partir do modelo social e a família como um lócus privilegiado do desenvolvimento, constituído de relações interdependentes. O referencial teórico para embasar a interpretação da narrativa foi a Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano. A metodologia adotada foi qualitativa do tipo narrativa de vida. Os participantes foram 08 (oito) irmãos de pessoas com deficiência decorrentes de Paralisia Cerebral, de classe sócio-econômica-cultural média-alta, com idade entre 19 e 29 anos, excluindo-se irmão adotivo e aqueles que não haviam crescido juntos. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um formulário contendo questões que investigavam o perfil do informante, dos seus pais e do irmão com deficiência seguida de uma entrevista narrativa. Os resultados evidenciam dois sentimentos que permeiam a vivência com a pessoa com deficiência: o sentimento de irmandade e o sentimento de fraternidade. O primeiro resultou da interação entre o irmão com desenvolvimento típico e seu irmão com deficiência física e exerce influência nas relações interpessoais; o segundo, da relação com o irmão com deficiência que exercerá influência sobre suas atividades, padrões de relacionamento, e papéis desempenhados em outros ambientes sociais. Indicam que a convivência com o irmão com deficiência traz para o irmão com desenvolvimento típico maior amadurecimento, autonomia e fraternidade. Da mesma forma, apontam que todos os irmãos entrevistados estão envolvidos afetivamente e se responsabilizam pelo outro. Ressalta-se o quanto é importante que os recursos sociais estejam à disposição das pessoas em situação de transições desenvolvimentais.