Perfil de trauma na infância em uma amostra clínica: transtorno de personalidade de Borderline e transtorno de humor são diferentes?r

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Kelbert , Evelin Franco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento#
#-1990782970254042025#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/589
Resumo: Objetivo: Avaliar retrospectivamente a associação do THB e TPB com os escores de trauma na infância considerando-se variáveis sociodemográficas e clínicas. Método: Estudo de delineamento transversal contou com 535 pacientes de 18 a 60 anos. As variáveis sóciodemograficas foram obtidas meio de questionário, informações sobre consumo de substâncias psicoativas por meio do ASSIST, os transtornos psiquiátricos de Eixo I foram avaliados através da Mini International Neuropsychiatric Interview - versão Plus (MINI Plus), os transtornos de personalidade foram identificados a partir do Millon Clinical Multiaxial Inventory-III (MCMI III) e o trauma na infância pelo Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). A regressão linear foi utilizada para verificar a associação independente de variáveis clínicas e sociodemograficas com os escores de CTQ. Resultados: A análise bivariada mostrou que pertencer ao sexo feminino (p=0,038), ter três ou mais irmãos (p=0,005), ter escolaridade inferior a 8 anos de estudo (p=0,039), pertencer a faixa etária dos 40 aos 60 anos (p=0,014), abuso/dependência de hipnóticos (p=0,001), outros transtornos de Eixo I (p= 0,008), outros transtornos de personalidade sem TPB (p=0,049) e TPB (p < 0,001) estiveram associados aos escores totais do CTQ. Logo, após a análise ajustada dos dados, as variáveis significativas aos escores totais do CTQ, foram as seguintes: maior quantidade de irmãos (p < 0,001), ausência de abuso/dependência de álcool (p=0,020), presença de abuso/dependência de hipnóticos e ao indicativo de TPB (p<0,001). Os domínios do CTQ, referentes à negligência emocional estiveram associados à maior idade (p= 0,043), ausência de abuso/dependência de álcool (p=0,013) e a presença de outros transtornos de personalidade que não incluem o TPB. A negligência emocional esteve associada à maior quantidade de irmãos (p=0.041), ausência de abuso/dependência de álcool (p=0,016) e ao indicativo de TPB. O abuso físico esteve associado ao maior número de irmãos (p=0,021), presença de abuso/dependência de hipnóticos (p=0,023). O abuso emocional esteve associado à maior quantidade de irmão (p= 0,029) e ao indicativo de TPB (p < 0,001). O abuso sexual não esteve associado a nenhuma das variáveis investigadas. Conclusões: Os escores de trauma precoce não estão associados ao THB em população clínica. Abuso e negligência emocional são indicadores de TPB nesta população. A prevenção de maus tratos na infância, principalmente em famílias numerosas, e a detecção de crianças vítimas de abuso e negligência tem o intuito de diminuir o impacto do trauma infantil na vida adulta.