Famílias transfronteiriças com pessoas com deficiência e o acesso à Política de Assitência Social: um estudo em cidades gêmeas da fronteira gaúcha
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas# #-8792015687048519997# #600 Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Politica Social# #-7895665898047196699# |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/621 |
Resumo: | Ao caracterizar a região fronteiriça gaúcha, são destacadas, primeiramente, suas particularidades, especialmente, nas cidades gêmeas, as quais apresentam especificidades proporcionadas pela forte integração entre suas populações, devido à facilidade de acesso e de trânsito encontrada em quase todas as fronteiras do Rio Grande do Sul, principalmente nas cidades de divisa com o Uruguai. No entanto, esta intensa predisposição na convivência entre os seus habitantes é contradita pela ausência de políticas públicas sociais que lhes garantam direitos ao acesso, sobretudo, à Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Assim, famílias com pessoas com deficiência (PcD), mesmo atendendo ao critério de renda per capita exigida para o acesso à PNAS, são excluídas, devido às condicionalidades estabelecidas por essa política. Tendo em vista esse contraste encontrado nas cidades gêmeas, esta dissertação apresenta seus resultados, considerando a situação de desamparo pelo sistema de proteção social, possuindo, como pano de fundo, a falta de nacionalidade e a ausência de comprovante de residência pelas famílias transfronteiriças indocumentadas com PcD. Este trabalho pretende problematizar a situação das famílias transfronteiriças, as quais, geralmente incentivadas pela facilidade de estabelecerem relações sociais, culturais e econômicas na cidade gêmea, deslocam-se para o Brasil e, quando necessitam, não conseguem acessar os direitos sociais, por falta de uma atenção específica para demandas existentes em territórios fronteiriços. Diante do contexto mencionado, a pesquisa permitiu perceber que, mesmo através da Agenda Social do Mercosul, voltada para atender às desigualdades sociais pertinentes entre seus países membros, os avanços condizentes com a proteção social ainda não conseguiram modificar o atual cenário exposto no que tange à ausência de uma cidadania ampliada, que corresponda à realidade vivenciada pela população dessas cidades. Verificou-se, ainda, que a falta de registros que indiquem, de forma específica, as demandas dos cidadãos transfronteiriços indocumentados que buscam atendimento impede a identificação e a sua caracterização, a fim de proporcionar números reais relativos à demanda, o que poderia permitir que esta pesquisa obtivesse um maior contingente de possíveis famílias a serem entrevistadas. Diante dessa realidade, busca-se demonstrar as particularidades apresentadas nestas cidades e as dificuldades enfrentadas pelas famílias com PcD, devido à localização em cidades que fazem divisa com outro país e que acabam configurando situações próprias dessas regiões, como a falta de políticas públicas específicas que contemplem as demandas da população. |