Fatores psicológicos positivos e sintomas de estresse pós-traumático em trabalhadores do sistema penitenciário no sul do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SOUZA, Jorge Vinícius Moura de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/893
Resumo: No sistema prisional do Brasil, o desenvolvimento de algum tipo de transtorno mental nos trabalhadores do sistema penitenciário, como o transtorno estresse pós-traumático, devido a vulnerabilidade criada por essa exposição contínua a violência, bem como, o de fatores protetivos, nesse caso, otimismo, resiliência e satisfação com a vida, como forma de lidar com essa mesma exposição, são os temas que foram tratados nesse estudo. Foi avaliada a relação entre fatores psicológicos positivos e sintomas de estresse pós-traumático em agentes penitenciários, agentes administrativos e técnicos superiores penitenciários do sistema penitenciário da região sul do Rio Grande do Sul. Foi realizada uma pesquisa do tipo quantitativa e transversal. A amostra foi constituída por 116 trabalhadores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE) do sul do Rio Grande do Sul incluindo agentes penitenciários, agentes penitenciários administrativos e técnicos superiores penitenciários. Os sintomas do Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) foram avaliados através da Lista de Verificação do Transtorno do Estresse Pós-Traumático para DSM-5 (PCL-5). Para a identificação dos fatores psicológicos positivos foram utilizadas as escalas de satisfação com a vida (SWLS), o Teste de Orientação a vida (LOT-R) para verificar o otimismo e a Escala de Resiliência Connor-Davidson (CD-RISK-10) para verificar a resiliência. A coleta de dados sócio demográficos e clínicos também foi realizada através de um questionário autoaplicável. Não foram encontradas diferenças significativas dos escores de sintomas de estresse pós traumático em relação a sexo, níveis de escolaridade, cargo ocupado, tempo de trabalho, idade e estado civil. Os escores de sintomas de TEPT apresentaram correlação negativa e estatisticamente significativa com os escores de resiliência (r=-0,24; p 0,009) e com os escores de satisfação (r=-0,30; p 0,001), sinalizando que quanto maior os escores de sintomas de TEPT dos participantes, menor os escores de resiliência e satisfação. Não foi encontrada uma correlação significativa entre os sintomas de TEPT e os escores de otimismo (r=0,13; p 0,139). Assim, este estudo permite hipotetizar que trabalhar previamente os fatores psicológicos positivos nesses trabalhadores, principalmente a resiliência e satisfação coma vida, possibilita um melhor manejo por parte dessas pessoas nas situações de estresse e que o planejamento de ações de promoção de estratégias motivacionais por parte da instituição pode ser interessante.