Perfil de sustentabilidade antimicrobiana dos uropatógenos identificados em uroculturas de crianças no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Patriota, Paulo Roberto da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/484
Resumo: INTRODUÇÃO: A infecção do trato urinário é uma das principais morbidades na faixa etária pediátrica. Diante da suspeita clínica e laboratorial, seu tratamento deve ser iniciado de prontidão, com antibióticos específicos para os patógenos mais comuns, conforme o padrão locorregional de sensibilidade. OBJETIVOS: Descrever os principais patógenos identificados em uroculturas de crianças com infecção urinária e seu perfil de suscetibilidade. MÉTODOS: Estudo de delineamento transversal realizado no Mestrado Profissional em Saúde da Mulher, Criança e Adolescente da Universidade Católica de Pelotas. Utilizou-se o banco de dados eletrônico do Laboratório Escola de Análises Clínicas, vinculado ao Hospital Universitário São Francisco de Paula e ao Pronto-socorro Municipal de Pelotas. Incluíram-se os resultados das uroculturas de crianças de 0 a 10 anos completos, coletadas no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015, com crescimento de apenas um único germe com mais de 105UFC/mL. Foram calculadas frequências simples das variáveis, medidas de tendência central para as quantitativas e análises bivariadas para comparação entre os grupos. RESULTADOS: De 3204 uroculturas coletadas no período, 478 foram positivas (14,9%), sendo a Escherichia coli a principal bactéria identificada (67%), acompanhada de espécimes de Proteus (12,8%) e Klebsiella (9,8%). O perfil de sensibilidade geral revelou baixa sensibilidade à cefalotina (37%), à ampicilina (44,1%), à associação sulfametoxazol-trimetoprim (62,3%) e à nitrofurantoína (74,7%). Carbapenêmicos, aminoglicosídeos, quinolonas, cefalosporinas de 2ª e 3ª geração e amoxicilina-clavulanato apresentaram-se com índices superiores a 80% de sensibilidade. Quando comparados os subgrupos de uropatógenos (E. coli versus não-E. coli), observou-se diferença significativa na sensibilidade da nitrofurantoína para a E. coli (p < 0,001). CONCLUSÕES: A E. coli foi o uropatógeno mais comumente encontrado no estudo. Carbapenêmicos, aminoglicosídeos, quinolonas, cefalosporinas de 2ª e 3ª geração e amoxicilina-clavulanato apresentaram os melhores resultados de sensibilidade e devem ser considerados como terapia antimicrobiana de primeira escolha.