Avaliação de alterações genéticas no eixo HPA na resposta a psicoterapias breves em pacientes com depressão maior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: DALLMANN, Letícia Muller
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento#
#-1990782970254042025#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/629
Resumo: A depressão maior (DM) é uma doença psiquiátrica comum, recorrente e incapacitante, de caráter multifatorial cuja etiologia ainda é desconhecida. No entanto, o modelo de interação entre gene e ambiente, leva em consideração genes candidatos para o desenvolvimento da doença, a resposta ao tratamento, e fatores psicossociais. No que se refere a patogênese da DM, a hiperatividade do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) parece exercer um papel importante, através da liberação dos hormônios liberador de corticotropina (CRH), adrenocorticotropico (ACTH), e cortisol. O receptor tipo 1 para o CRH (CRHR1), tem sido associado aos sintomas depressivos e ansiosos, além da resposta ao tratamento com antidepressivos. Entretanto, além do tratamento farmacológico, modelos de psicoterapias breves têm se demonstrado eficazes na remissão dos sintomas depressivos e modulação de parâmetros biológicos. Neste contexto, o objetivo do presente projeto foi investigar a associação do SNP rs110402 no gene CRHR1 do eixo HPA com a gravidade dos sintomas depressivos e ansiosos, bem como nas taxas de remissão desses sintomas em pacientes com DM submetidos à psicoterapia breve. Este estudo faz parte de um ensaio clínico randomizado composto por indivíduos entre 18 e 60 anos de idade que procuraram o Ambulatório de Pesquisa e Extensão em Saúde Mental da UCPel. Na entrada os indivíduos foram diagnosticados através do MINI Plus, responderam a um questionário sócio demográfico, e foi realizado a coleta de material biológico. Os pacientes com diagnóstico de DM foram randomizados no tratamento com terapia cognitiva comportamental (TCC) ou psicoterapia dinâmica suportiva-expressiva (PDSE), sendo avaliados no pré e pós-tratamento através da escala Escala Beck de Depressão (BDI-II) para severidade de sintomas depressivos e Escala Beck de Ansiedade (BAI) para a severidade de sintomas ansiosos. O DNA foi extraído de leucócitos periféricos e o polimorfismo rs110402 foi genotipado por PCR em tempo real. Nosso estudo mostrou que a variação genética no gene CRHR1 não está associada com a gravidade dos sintomas depressivos e ansiosos em pacientes com DM, no entanto os genótipos do rs110402 SNP no gene CRHR1 podem predizer a resposta do tratamento psicoterapêutico. Pacientes portadores do genótipo AA, apresentaram menores taxas de remissão dos sintomas depressivos e ansiosos em relação àqueles portadores do alelo G.