Comportamento internalizante em crianças: a influência da saúde mental materna e da variabilidade genética relacionada ao eixo hipotálamo-hipófise-adrenal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Paim, Mariana Wagner
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/771
Resumo: Introdução: A história de trauma na infância materna e os transtornos depressivos no ciclo gravídico puerperal são os principais fatores de risco para as patologias internalizantes em crianças. Variações genéticas relacionadas ao sistema HPA também parecem influenciar essas associações. Objetivo: O objetivo desse estudo é caracterizar as vias que sustentam a associação entre trauma materno e comportamento internalizante na prole na idade pré-escolar. Método: Coorte composta por 229 gestantes adolescentes e seus filhos, que foram selecionadas para serem avaliadas no período pré-natal (T1) e pós-parto (T2) e 4 anos após o parto (T3). As mulheres foram avaliadas quanto a presença de episódios depressivos em T1 e T2 e à história de maus-tratos na infância (T1). As crianças foram avaliadas em T3 quanto a presença de comportamento internalizante. O DNA das mães foi extraído para genotipagem do SNP rs110402 do gene CRHR1. Resultados: As mulheres não caucasianas portadoras do alelo G apresentaram maiores prevalências de comportamento internalizante em seus filhos (p <0,05) e de depressão pós-parto (p <0,05). Houve associação entre trauma e depressão gestacional (p <0,05) e pós-parto (p <0,001) apenas nas portadoras do alelo G. Conclusão: Nossos resultados sugerem que o histórico de trauma na infância da mãe é preditor de comportamento internalizante prole, enfatizando a genética materna como um potencial fator contribuinte.