A travessia do ser aluno para o ser professor : práticas de letramento pedagógico no Pibid
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas# #-8792015687048519997# #600 Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Letras# #8902948520591898764# |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/547 |
Resumo: | RESUMO: Esta Tese apresenta a pesquisa de doutorado desenvolvida com o objetivo de analisar como universitários se inserem em práticas de letramento, a fim de caracterizar como se dá a (trans)formação de alunos em professores. O problema que origina esta pesquisa refere-se às formas de usar os gêneros discursivos nas práticas de letramento que ocorrem no funcionamento do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), incluindo as relações dos sujeitos consigo mesmos, com os textos e com os outros. A abordagem metodológica é qualitativa e etnográfica, com análise da fala de dois sujeitos participantes do Pibid, do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Farroupilha, campus de São Vicente do Sul, na região central do Rio Grande do Sul. A análise é realizada pelas marcas discursivas na voz dos sujeitos – em diários, entrevistas, textos de memórias e seminários avaliativos – como indicativas do papel dos estudantes diante de novas práticas de letramento, durante a participação em três anos e meio no Programa (março/2010 a agosto/2013). Para se proceder com a análise dos modos de interação, são abordados movimentos dialógicos (FISCHER, 2007) de avaliação e confirmação, no contexto de práticas de letramento do Pibid. A base teórica encontra aporte nos Novos Estudos do Letramento (STREET, 1995, 2006, 2014) numa concepção sociocultural e no reconhecimento de múltiplos letramentos, de acordo com as relações de poder de cada contexto situado, pois os modos de agir são revelados pelos Discursos, (GEE, 2001), que são as formas de ser no mundo, produto social e histórico, constituindo a linguagem. Essa abordagem traz estudos mais específicos do letramento acadêmico (LEA, STREET, 1998, 2006; LILLIS, 1999, 2001, 2003, 2008; FIAD, 2006, 2009, 2011; FISCHER, 2007, 2011, 2014 no prelo), referentes às práticas acadêmicas na instância universitária, considerando-se questões de valor, identidade e poder do grupo social. Além disso, destacam-se os estudos voltados à formação de identidades (BAUMAN, 2001, 2005, 2010; HALL, 2011, 2012), que ancoram a análise da formação de identidades de professores e estudos sobre a teoria bakhtiniana (BAKHTIN, 2011), referentes a dialogismo, enunciação e gêneros discursivos. As análises iniciam com os modos de interação nas práticas de letramento do Pibid, buscando-se estabelecer relações com as leituras de produções escritas e orais realizadas pelos sujeitos; depois discutem os conflitos que surgem como forma de aprendizagem e oportunidade de (trans)formação dos sujeitos; e, por fim, expõem a travessia do professor em formação, num processo contínuo de construção de identidades, em que o professor de Ciências e Biologia é visto como um agente de letramento. Os movimentos dialógicos dos estudantes, na interação com os outros e com conhecimentos científico-pedagógicos, dão indícios de um percurso significativo em que há reprodução inicial de Discursos institucionalizados, bem como o uso mais crítico desses conhecimentos, especialmente quando o foco é o encaminhamento metodológico de ações docentes. Os resultados mostram que a interação na sala de aula da Educação Básica possibilita a constituição da identidade profissional na travessia do ser aluno para o ser professor. |