QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES SOROPOSITIVOS DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO SUL DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Passos, Susane Müller Klug
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
saúde
BR
Ucpel
Mestrado em Saúde e Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/269
Resumo: Objetivo: Avaliar qualidade de vida em pacientes portadores de HIV/AIDS em um centro de referência no sul do Brasil. Métodos: Estudo transversal, desenvolvido no Serviço de Assistência Especializada em HIV/AIDS (SAE) Pelotas/RS. Foram entrevistados 625 pacientes com 18 anos de idade ou mais. Variáveis sociodemográficas foram obtidas por meio de questionário. Informações sobre consumo de substâncias psicoativas foram obtidas pelo ASSIST 2.0 e para avaliação de ansiedade e depressão foi utilizada a escala HAD Hospital Anxiety and Depression Scale 4. Qualidade de vida foi avaliada por meio do WHOQOL-HIV Bref. A análise multivariada foi realizada através de regressão linear. Resultados: Qualidade de vida foi significativamente relacionada com sexo, idade, escolaridade, trabalho remunerado, classificação socioeconômica, relacionamento estável, indicativo de ansiedade, indicativo de depressão, abuso e dependência de substâncias psicoativas (que não tabaco e álcool), apoio, uso de medicação antirretroviral, lipodistrofia, comorbidades, hospitalizações, contagem de células CD4+. Não foram encontradas associações com carga viral, estágio da infecção, tempo de diagnóstico, abuso ou dependência de tabaco e álcool, modo de contágio, orientação sexual, religião, filhos e cor (p>0,05). Em todos os domínios os escores foram menores, com diferenças significativas, para pacientes com indicativo de ansiedade e indicativo de depressão (p<0,001). Não ter trabalho remunerado e não ter apoio foram duas variáveis associadas com pior qualidade de vida em cinco dos seis domínios (p<0,05), a exceção foi espiritualidade para o primeiro e nível de independência para o segundo. Mulheres tiveram piores escores nos domínios psicológico e espiritualidade (p<0,05) e pacientes com CD4+ abaixo de 350 nos domínios físico e nível de independência (p<0,05). Os pacientes que relataram lipodistrofia apresentaram pior avaliação nos domínios físico, psicológico e nível de independência (p<0,05). Classificação socioeconômica foi relacionada com qualidade de vida em todos os domínios, com piores escores nas classes menos favorecidas (p<0,05). Conclusões: Fatores psicossociais devem ser avaliados em conjunto com fatores físicos e clínicos, dada sua forte associação com os escores de qualidade de vida