Prevalência de bullying e fatores associados em estudantes do ensino médio técnico no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: PEREIRA, Letícia Jeronimo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/866
Resumo: O presente estudo teve por objetivo estimar a prevalência de bullying entre estudantes adolescentes de uma Instituição Federal de Ensino Médio Técnico no sul do Brasil. Foi realizado um estudo transversal com 363 estudantes do ensino médio integrado ao ensino técnico, com idade entre 14 e 20 anos. A prevalência de agressores e vítimas de bullying foi aferida respectivamente pela Escala de Comportamentos de Bullying (ECB) e Escala de Vitimização de Bullying (EVB). Estes instrumentos permitiram identificar comportamentos de agressão e vitimização de bullying em quatro dimensões: bullying verbal, bullying relacional, bullying físico e cyberbullying. Além disso, foram avaliadas questões sociodemográficas e escolares. A análise dos dados foi realizada no programa estatístico SPSS 22.0 através de frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. Para análise bivariada foi utilizado o teste do qui-quadrado. A prevalência de vítimização de bullying foi de 49,3%, enquanto que 53,0% declararam já terem perpetrado algum comportamento de bullying. Entre os 215 estudantes que relataram ser vítimas e/ou agressores 18,1% eram somente vítimas, 22,8% eram agressores e 59,1% eram considerados agressores-vítimas. Os estudantes do sexo feminino apresentaram maior prevalência de vitimização de bullying (p=0,012). Além disso, estar cursando o 4º ano e já ter reprovado em algum ano apresentaram associação tanto com a vitimização como com o comportamento de bullying (p<0,05). Os tipos de bullying foram apresentados através da média de cada domínio, sendo eles: físico, verbal, relacional e cyberbullying, podendo variar de 0 a 4. Na escala EVB, a maior média (3,0±3,2) foi no domínio verbal. O mesmo ocorreu na escala ECB, onde o domínio verbal apresentou média de 3,4 (±2,9) pontos. As altas prevalências de bullying encontradas neste estudo revelaram a realidade de violência vivida pelos adolescentes e que, muitas vezes passa despercebida na escola e nas famílias por ser um assunto ainda com poucas pesquisas e discussão no Brasil. Esses achados servem como alerta para que se possa criar estratégias de prevenção e intervenção específicas de bullying com a população pesquisada e que é necessário o envolvimento de pesquisadores, professores, profissionais que atuam nas escolas, pais e comunidade em geral.