Neurotrofinas e citocinas pró-inflamatórias como biomarcadores prodrômicos para queixas cognitivas em pacientes com transtorno depressivo maior.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Pedro Borges de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/929
Resumo: O transtorno depressivo maior (TDM) é o transtorno psiquiátrico mais prevalente no mundo, apresentando como característica marcante a disfunção cognitiva, podendo gerar disfunção ocupacional e social. Evidências vêm mostrando a associação do sistema neurotrófico e inflamatório na fisiopatologia do TDM, bem como sua influência na disfunção cognitiva. Dessa maneira, o objetivo do presente estudo é identificar biomarcadores séricos prodrômicos correlacionados a cognição em pacientes com TDM, bem como a relação entre os sexos. Este é um estudo de coorte dividido em duas etapas. A primeira etapa incluiu participantes com diagnóstico de TDM através da Mini International Neuropsychiatric Interview Plus, com idade entre 18 e 60 anos. A segunda fase ocorreu após três anos. A coleta sanguínea foi realizada somente no baseline. No follow up, foram aplicados os instrumentos Cognitive Complaints in Bipolar Disorder Rating Assessment (COBRA) e Sequência de Números e Letras da Escala Wechsler de Inteligência para Adultos (WAIS-III) para avaliação da cognição. Para dosagem dos níveis séricos de interleucina 6, fator de necrose tumoral alfa, fator neurotrófico derivado do cérebro, fator de crescimento neural e fator neurotrófico derivado da glia (GDNF) utilizou-se kits comerciais de imunoensaio. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UCPel, protocolo 502.604. A amostra total para o presente estudo foi de 155 participantes, sendo 30 homens e 125 mulheres. Na amostra total, nenhum biomarcador foi correlacionado a queixas cognitivas e desempenho cognitivo. No entanto, ao estratificar a amostra por sexo, obteve-se uma correlação negativa (r= -0.339; p= 0.039), somente entre GDNF e COBRA no grupo dos homens. Nossos resultados demonstram que o GDNF pode ser um marcador para detecção precoce de queixas cognitivas subjetivas em sujeitos com TDM, mas não para desempenho cognitivo objetivo, o que poderia auxiliar no diagnóstico clínico prévio deste prejuízo em sujeitos com TDM.