As contradições do modelo agroalimentar financeirizado: uma análise do alimento-veneno na sociedade contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: OLIVEIRA , Carolina Belasquem
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Politica Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/1036
Resumo: A presente tese teve como proposta central compreender os impactos sociais e econômicos no processo de produção e financeirização do alimento na sociedade contemporânea a partir do agronegócio e da indústria dos agrotóxicos. Assim, essa investigação analisou a dinâmica do sistema agroecológico como alternativa ao enfrentamento e superação do modelo de produção aplicado pelo agronegócio. Partimos do seguinte questionamento: “qual a relação social e econômica entre as grandes corporações do agronegócio e a indústria agrotóxica na dinâmica de produção de alimentos no Brasil?” Tais questões, levam a centralidade da tese: a concepção de direito ao alimento para alimento-mercadoria-veneno, podem ser vistos na influência política das grandes corporações do agronegócio e da indústria agrotóxica na produção de alimentos. Metodologicamente, partimos do materialismo histórico, tendo como etapas da investigação: a) pesquisa bibliográfica e, b) pesquisa documental tendo como fontes de análise as seguintes bases: a Constituição Federal de 1988; relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU), leis infraconstitucionais, atos governamentais, relatórios do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), da Organização da Alimentação e da Agricultura (FAO), do Fundo das Nações para a infância (UNICEF), da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Penssan), censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), posicionamentos da Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer (ARC), Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Concluiu-se o estudo, reafirmando as contradições do monopólio de grandes empresas na produção de alimentos vinculados a indústria agrotóxica e que evidencia os resultados de sua participação na economia do Brasil. Tal posição contraria o direito fundamental ao alimento, constituindo um fator que implica maior ampliação e elaboração de políticas que assegurem a garantia e a defesa deste direito no Brasil.