Saúde bucal na gravidez: fatores associados à consulta odontológica e orientações preventivas
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude Brasil UCPel Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/1040 |
Resumo: | Introdução: A gestação pode predispor ou agravar condições odontológicas devido às complexas mudanças hormonais, fisiológicas e psicológicas que ocorrem nesse período. Assim sendo, esse período é ideal para que os profissionais de saúde estabeleçam um diálogo com as mulheres grávidas e abordem aspectos importantes. O cuidado pré-natal deve ser multiprofissional, incluindo a orientação de um cirurgião-dentista sobre prevenção e tratamento de problemas bucais, pois a saúde bucal durante a gestação é um fator crucial para o nascimento de bebês saudáveis. Objetivo: Investigar os fatores associados à consulta odontológica e às orientações em saúde bucal durante a gravidez entre gestantes atendidas em Unidades Básicas de Saúde administradas pela Universidade Católica de Pelotas. Método: Estudo observacional transversal, realizado com gestantes maiores de 18 anos, captadas em Unidades Básicas de Saúde administradas pela Universidade Católica de Pelotas, no período de maio a outubro de 2023. A coleta foi realizada através da aplicação do questionário por via telefônica. Os dados coletados foram analisados no software International Business Machines (IBM) Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Realizou-se uma análise descritiva das variáveis e as associações entre os desfechos e variáveis de interesse foram avaliadas por análise bivariada (teste Qui-quadrado), adotando nível de significância de 95% (p<0,05). Resultados: Participaram do estudo 151 gestantes, destas, apenas 39,7% consultaram um dentista durante a gestação e 64,9% não receberam orientações sobre saúde bucal. Observou-se uma maior prevalência de consultas entre mulheres na primeira gestação (51,9%, p=0,023) em comparação com aquelas com gestações anteriores. Além disso, as gestantes que receberam orientações de saúde bucal tiveram maior probabilidade de consultas com dentista (69,8%, p=0,000) em relação às que não receberam orientações. Gestantes que realizaram consulta odontológica durante a gestação tiveram uma prevalência maior de receber orientações sobre cuidados com sua saúde bucal e a do bebê (61,7%, p=0,000) em relação às que não consultaram. Adicionalmente, as gestantes que consultaram por motivos de pré-natal odontológico receberam mais orientações de saúde bucal (85,2%, p=0,006) em comparação àquelas que consultaram por outros motivos. Apesar de fatores sociodemográficos estarem relacionados ao acesso aos serviços odontológicos, não foram encontradas associações significativas. Conclusão: O presente estudo evidencia a urgente necessidade de promover a saúde bucal durante a gestação, destacando a baixa prevalência de consultas odontológicas entre gestantes e o pouco recebimento de orientações sobre cuidados bucais. |