Características do atendimento pré-natal na rede de atenção básica de saúde de Goiânia, Goiás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Costa, Christina Souto Cavalcante
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2880
Resumo: A assistência pré-natal compreende um conjunto de cuidados e procedimentos que visam preservar a saúde da gestante e do concepto. O objetivo deste survey descritivo e exploratório foi analisar as características do atendimento pré-natal, na perspectiva de mulheres atendidas pela Rede de Atenção Básica em Saúde do município de Goiânia, Goiás. Participaram do estudo 110 mulheres, que foram entrevistadas, no período de outubro a dezembro de 2010. Para análise de dados utilizou-se a estatística descritiva para apresentação das variáveis sociodemográficas e econômicas, do perfil obstétrico e das características do atendimento pré-natal. Identificou-se que 60,9% era de etnia parda; 77,3% tinham parceiro fixo; 58,2% estavam na faixa etária de 21 a 30 anos, portanto em idade produtiva; 49,1% informaram quatro a sete anos de estudo; 50,9% designaram-se católicas; 45,5% moravam de aluguel, 62,7% com cônjuges e filhos, residentes em área com saneamento básico, com pouca arborização; 56,4% exerciam atividade do lar; 48,2% tinham o companheiro como principal responsável pela renda familiar. Em termos de perfil obstétrico, identificou-se que 74,5% eram gestantes de baixo risco e 56,9% realizaram parto por via vaginal. Entre as morbidades relacionadas à gestação, prevaleceram a infecção urinária (27,3%) e a doença hipertensiva específica da gestação (20,9%). Para 87,3% das gestantes o pré-natal ocorreu na rede de atenção básica; 39,1% com agendamentos no próprio serviço de saúde e 70% escolheram o local pela proximidade de sua residência. O pré-natal foi adequado apenas para 35% segundo o índice de Kesnner modificado por Takeda. Quanto aos exames laboratoriais recomendados, incluindo o teste da mamãe, 60,9% das entrevistadas realizou todos os exames. Identificou-se que apenas 41,8% realizaram ultrassonografia. A vacina antitetânica em duas doses ou o reforço foi aplicada em 70%. Em relação às atividades educativas, constatou-se que 33,6% das mulheres participaram. Evidenciou-se que 53,6% das mulheres foram atendidas pelo médico e 45,4% por médico e enfermeiro. As mulheres indicaram a necessidade de melhorar o atendimento primário à saúde, apesar de a rede apresentar elevada cobertura no pré-natal. Diante disso, é preciso repensar o atendimento humanizado e o estabelecimento de novas estratégias que viabilizem a qualificação do trabalho oferecido pela Rede de Atenção Básica em Saúde do município de Goiânia, Goiás, principalmente no que diz respeito ao acesso precoce das gestantes no pré-natal, para que o momento do parto e o puerpério transcorram normalmente.