ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NA REDE BÁSICA DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DO SEMIÁRIDO PIAUIENSE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Luz, Marle Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Médicas, Famacêuticas e Biomédicas::Curso de Biomedicina
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3600
Resumo: O objetivo deste trabalho consistiu em analisar as características e perfis da assistência pré-natal na perspectiva de mulheres atendidas pela rede de atenção básica de um município do semiárido piauiense. Trata-se de um estudo survey descritivo-exploratório, com amostra de 50 gestantes, envolvendo seis equipes da Estratégia Saúde da Família, cuja coleta de dados foi realizada no período de janeiro a maio de 2016, através da aplicação de questionário. Para análise estatística dos dados utilizou-se estatística descritiva, além do teste qui-quadrado ou teste G, quando n<20. Os resultados demonstraram que 66% das gestantes residem na zona urbana. O serviço foi caracterizado por único hospital que realizava o parto, o qual é responsável por acolher 88% das gestantes, sendo que 56% foram atendidas no único ambulatório da cidade. O acesso ao pré-natal de 44% delas ocorreu por meio de encaminhamento e o agendamento da consulta em 68% dos casos foi através do agente comunitário de saúde. O perfil sociodemográfico foi formado pela prevalência de 40% das gestantes na faixa etária de 21 a 30 anos, 68% se declararam da etnia parda, 46% com escolaridade maior de sete anos, concentrando-se o menor índice na zona rural, 72% afirmaram ter parceiro estável e 74% se definiram da religião católica. O perfil socioeconômico demonstra maioria composta de 66% com ocupação do lar, 72% com renda familiar de 0 a 1 salário mínimo, 50% dependentes do Bolsa Família, 56% sem filhos, 36% moram com o cônjuge e 44% possuem casa própria. Embora 70% das gestantes tenham acesso à água tratada, existem problemas relacionados ao saneamento básico: 80% não possuem rede de esgoto, 88% não residem em locais asfaltados, 74% não moram próximas às praças e 60% não residem em local arborizado. Em relação aos hábitos 78% não praticam exercício físico, 96% não fumam, 100% não ingerem álcool e 90% não consomem outras drogas. Identificou-se que 68% realizaram os exames laboratoriais e 62% os exames de ultrassonografia de forma adequada, 74% possuíam o cartão da gestante preenchido adequadamente, sendo que 82% iniciaram a consulta no primeiro trimestre de gestação. O índice de satisfação em relação à consulta do profissional médico e de enfermagem foi alto, sendo de 96% e 98% respectivamente. Porém, 64% não participaram de atividades educativas oferecidas pelo serviço, 78% não apresentaram sugestões de melhoria e 90% afirmaram não faltar nenhum serviço. Verificou-se que a variável escolaridade exerceu influência apenas em quatro quesitos: tipo de parto, aborto, sugestões e atendimento odontológico. Constatou-se que o semiárido piauiense é um cenário bastante propício, em decorrência dos indicadores de saúde, restrita rede de serviços e baixa qualidade de vida da população, ao estudo das características da atenção pré-natal, tanto pelos problemas sociais e econômicos elencados, como pela velha problemática que envolve a questão climática na região.