Enfrentamento da questão ambiental em zona de sacrifício : a lógica mitigante no caso da cidade do Rio Grande (RS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Neumann, Fabiana Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas#
#-8792015687048519997#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Politica Social#
#-7895665898047196699#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/447
Resumo: O objetivo desta dissertação foi compreender como se tem dado o enfrentamento da questão ambiental no contexto do contemporâneo desenvolvimento econômico em que está inserido o município do Rio Grande (RS). A pesquisa se caracterizou como um Estudo de Caso de abordagem qualitativa e, a análise dos dados se deu pela Análise Textual Discursiva. Foram realizadas entrevistas através de um roteiro semi-estruturado com seis agentes envolvidos na elaboração e aplicação da política de proteção ambiental no município, visando descobrir o modelo de proteção gerado a partir da atuação desses agentes, especialmente a partir da atuação do Ministério Público Estadual e da Secretária de Município de Meio Ambiente. A amostra foi escolhida de maneira intencional. O estudo foi orientado pelo Paradigma da Complexidade de Edgar Morin, que se aplica no sentido de ampliar a visão sobre a questão ambiental, utilizando instrumentos de complexidade para o enfrentamento de questões que são complexas. Nas discussões mais atuais sobre a complexidade apoiamos o estudo nos conceitos trazidos por Enrique Leff na análise das dinâmicas que se desenvolvem na relação entre desenvolvimento econômico e garantia ao meio ambiente como direito fundamental, observando a racionalidade empregada na construção do saber ambiental. A pesquisa identificou um modelo de proteção ambiental desenvolvido a partir da racionalidade capitalista, formando uma cultura que fragiliza o enfrentamento da questão ambiental, ao tratar os conflitos por uma lógica mitigante e de invisibilidade socio(ambiental). Sem identificar o real impacto do processo de desenvolvimento sobre as zonas de sacrifício do município, adota uma conduta de culpabilização da pobreza pelos problemas ambientais, diretamente relacionados ao aumento populacional resultante do processo de desenvolvimento econômico. Na adoção desse modelo deixam de questionar o modelo produtivo instalado numa lógica de exploração.