Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Débora Franco Correa
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Orientador(a): |
Martins, Lourdes Conceição
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Banca de defesa: |
Martins, Lourdes Conceição,
Pamplona, Ysabely de Aguiar Pontes,
Matos, Janara de Camargo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/8064
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Resumo: |
Introdução: A vacinação infantil é uma medida preventiva de saúde, de grande impacto na redução da morbimortalidade de crianças, evitando de 2 a 3 milhões de mortes por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Além de se mostrar eficaz, a vacinação tem menor custo ao sistema de saúde ao prevenir uma doença do que tratá-la, que no caso da poliomielite paralisante ocorre um estado clínico irreversível, podendo impedir de andar ou de respirar sozinho. Um quadro cruel, por acometer na maioria dos casos crianças menores de cinco anos, gerando sequelas para o resto da vida. Nos últimos anos tem havido o aparecimento de casos mesmo em países que tem o poliovírus controlado. Além disso, desde 2015 o Brasil e Países vizinhos tem apresentado progressivas quedas nas coberturas vacinais, possibilitando o aumento do risco da reintrodução do poliovírus. Objetivo: analisar a dinâmica espacial da cobertura vacinal da Poliomielite no estado de São Paulo nos anos de 2016 a 2022. Métodos: estudo ecológico misto que utiliza dados secundários de domínio público. As doses aplicadas da vacina contra a poliomielite foram obtidas do sistema de informação do Programa Nacional de Imunização, e as informações do número de nascidos vivos foram obtidas junto ao Sistema de Informação de Nascidos Vivos do banco de dados do Sistema Único de Saúde. Foram calculadas as taxas da cobertura vacinal da poliomielite por município e ano. Foi realizada a análise descritiva da cobertura vacinal, testes de Kruskal-Wallis e de comparações múltiplas de Dunn, Teste de Qui-quadrado e a análise espacial com a construção de mapas temáticos. O nível de significância foi de 5%. Resultados: Foi identificada que há uma diferença entre os anos (Teste de Kruskal-Wallis, p< 0,001), pelo teste de comparações múltiplas de Dunn, observa-se que 2016 difere dos demais anos, e que 2020, 2021 e 2022 diferem entre si e dos anos anteriores (p<0,01). Na análise espacial, observou-se a queda na cobertura vacinal da poliomielite de 2016 até 2021, ano que teve a menor cobertura vacinal da poliomielite, com cerca de 70% dos municípios (442) com índice baixo nas quatro macrorregiões (p<0,001), ficando abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde (95%). A pandemia do COVID19 demonstrou ser um fator que contribui com a queda. Com a presença de clusters baixo-baixo em predominância na quarta macrorregião (sul-leste) e clusters alto-alto na primeira macrorregião (norte-oeste), no decorrer dos sete anos analisados. Já em 2022, com a vinda das campanhas e ações voltadas a vacinação da poliomielite, ocorre uma mudança na cobertura vacinal, com aumento em cerca de 95% dos municípios (610) com índice elevado nas quatro macrorregiões (p<0,001). Conclusão: Conhecer o cenário de imunização é importante para aplicar ações estratégicas e políticas públicas mais efetivas a fim de melhorar a saúde infantil, evitando o risco de reintrodução da poliomielite no estado de São Paulo. |