Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Urbano, Ayra Zaine Rodrigues
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Orientador(a): |
Zucchi, Eliana Miura
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Banca de defesa: |
Zucchi, Eliana Miura,
Ayres, José Ricardo de Carvalho Mesquita,
Magno, Laio |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/7922
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Resumo: |
Introdução: Os profissionais de saúde estiveram presentes desde as primeiras discussões sobre Cuidado e prevenção e hoje são parte fundamental na resposta à epidemia de HIV que atinge adolescentes e jovens e evidencia a importância de ações estratégicas que possibilitem redução da vulnerabilidade à infecção. A Profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) é amplamente estudada e comprovadamente eficaz e desde 2017 integra a Prevenção Combinada no Brasil. Essa pesquisa se justifica a partir da compreensão que práticas e percepções dos profissionais de saúde sobre o atendimento e oferta influenciam e colaboram na efetivação da PrEP para adolescentes como política pública. Objetivo: Compreender práticas e percepções dos profissionais de saúde sobre o atendimento de adolescentes e jovens HSH e TrMT que usam PrEP. Procedimentos metodológicos: Os dados foram produzidos de julho de 2020 a fevereiro de 2021 como parte de uma investigação qualitativa inserida no contexto do estudo PrEP15-19 que avaliou a efetividade da PrEP entre adolescentes e jovens de 15 a 19 anos. Foram analisados profissionais de saúde que atuaram no sítio São Paulo e combinadas as técnicas de observação participante e entrevistas em profundidade. O processo analítico envolveu imersão no material empírico, codificação e categorização. A organização dos dados foi realizada com o apoio do software NVivo®. A interpretação seguiu o princípio hermenêutico-dialético e teve como quadro conceitual o Cuidado inserido nas práticas de saúde. As análises compreenderam as percepções sobre os adolescentes e jovens atendidos, a relação da PrEP com o cuidado e autonomia, as práticas de Cuidado alinhadas à Integralidade e a relação dos contextos de vulnerabilidade ao HIV com as práticas dos profissionais. Resultados: Foram entrevistados oito profissionais com idade entre 25 e 52 anos. A imprevisibilidade e a percepção de baixo risco foram relacionados como desafios no atendimento e a compreensão desses comportamentos favorecia ações de promoção e proteção à saúde. A escuta sensível e solidária foi apontada como uma prática de acolhimento propulsora das ações de Cuidado e sua ausência identificada como uma barreira de acesso que reforçava a percepção de baixa procura pelos serviços de saúde. O uso de uma linguagem mais próxima do cotidiano favorecia a construção de relações de confiança, capazes de influenciar no desenvolvimento da autonomia e na adesão ao tratamento. Atitudes acolhedoras e suporte frente a situações de estigma e preconceito relacionados ao uso da PrEP convergiram para o desenvolvimento da autonomia dos adolescentes e jovens. Adolescentes e jovens transexuais e os que relatavam transtornos mentais foram reconhecidos como mais vulneráveis à exposição para o risco e por isso recebiam atendimento diferenciado, alinhado às práticas da Integralidade. Conclusão: As percepções e práticas dos profissionais de saúde estão incorporadas ao conceito de Cuidado, pois compreendem ações além dos saberes técnicos, e igualmente alinhadas ao princípio da Integralidade visto que reconhecem os contextos que aumentam a vulnerabilidade dos adolescentes e jovens ao HIV. No entanto existem tensões entre o discurso e a prática, observadas a partir da busca pelo êxito técnico em oposição ao sucesso prático. |