Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Silvano Aparecido da
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Orientador(a): |
Barros, Claudia Renata dos Santos
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Banca de defesa: |
Golegã, Alcino Antonio Campos,
Etzel, Arnaldo,
Pereira, Luiz Alberto Amador,
Vieira, Marlene Rosimar da Silva |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/6981
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Resumo: |
Segundo a UNAIDS, até o ano de 2018 havia 37,9 milhões de pessoas que vivem com HIV no mundo, destas, 1,7 milhões de pessoas foram notificadas como sendo casos novos de infeções. Cerca de 23,3 milhões das pessoas que vivem com HIV (61,5%) têm acesso ao tratamento antirretroviral Até este mesmo ano de 2018, 770 mil pessoas morreram em decorrência de AIDS, a infecção pelo HIV é considerada uma das doenças mais relevantes para a saúde pública da atualidade e está presente em todos os países do mundo. O enfrentamento desta doença compreende ações que permitem o diagnóstico precoce, acesso ao tratamento antirretroviral, atenção aos grupos vulneráveis, pesquisa, políticas de saúde e informação. A meta 90-90-90 determinada pela Declaração de Paris de 2014, mediante as evidências científicas do tratamento precoce em pessoas que vivem com HIV, preconiza o alcance máximo de pessoas recebendo o tratamento para atingir a supressão virológica. A intransmissibilidade do HIV em pessoas em supressão virológica, garantida pelo tratamento antiretroviral, é uma das ações mais importantes para o enfrentamento da epidemia. A Declaração de Paris também preconiza que cada cidade tenha ações próprias por apresentarem características particulares de infraestrutura, questões sociais e formas de prevenção das suas populações que vivem com HIV. Neste cenário, a cidade de Santos precisa continuamente conhecer as características e perfil das pessoas que vivem com HIV. Objetivo: Caracterizar a recuperação imunológica e supressão virológica no uso de antirretrovirais nos pacientes recém diagnosticados no ano de 2016 no centro de referência em HIV/Aids de Santos ¿ SAE Adulto. Metodologia: Estudo de coorte prospectiva de 1 ano (2016-2017) utilizando-se de dados secundários. A finalidade do estudo foi determinar a recuperação imunológica e a supressão virológica nas infecções recentes em pessoas recém diagnosticadas com o vírus HIV-1 matriculados no Centro de Referência em Aids - SAE Adulto de Santos. As pessoas recém diagnosticadas no período de 2016, tiveram seus históricos acompanhados pelo período de um ano para a obtenção da evolução virológica (Base de dados SISCEL), evolução imunológica (Base de dados SISCEL), tratamento antirretroviral (Base de dados SICLOM) e perfil sócio/demográfico (SAE - Adulto). A análise estatística foi realizada pelo teste de qui-quadrado das variáveis dependentes de indetecção de cópias virais, dos limites de 350 células/¿l para os linfócitos TCD4 e da adesão aos antirretrovirais com as variáveis independentes sociodemográficas, virológicas e imunológicas. Resultados: De 295 inscritos no ano de 2016, apenas 193 foram incluídos no estudo. Os inscritos incluídos no estudo foram divididos em dois grupos: Grupo dos Inscritos Acompanhados e Grupo dos Inscritos Não Acompanhados pelo serviço de Vigilância Epidemiológica de Santos. As médias de células TCD4 evoluíram de 551,26 células/¿l do diagnóstico para 694,34 células/¿l após um ano de acompanhamento sob tratamento de antirretrovirais. Do Grupo de Acompanhados, 14 pessoas tiveram falha virológica após 1 ano, enquanto 46 pessoas do Grupo de Não Acompanhados não tiveram a adesão ao tratamento de antirretrovirais, fornecendo uma estimativa de 31,8% das pessoas inscritas no ano de 2016 em possível falha virológica. O Índice de adesão foi associado com a supressão virológica e por conseguinte, a supressão foi associada com a recuperação imunológica, particularmente nas pessoas com linfócitos TCD4 > 350 células/¿l. As mulheres sob tratamento antirretroviral não apresentaram falha virológica. Tanto a supressão virológica como a recuperação imunológica apresentaram algumas associações com as características sócio/demográficas. A 3ª diretriz da Meta 90-90-90 foi alcança na população estudada, porém ainda há lacunas para o alcance da 2ª diretriz. Conclusão: A recuperação imunológica e supressão virológica apresentam características ao diagnóstico e durante o tratamento que podem prejudicar o enfrentamento da epidemia. Reconhecer o perfil imunológico comprometido em baixa quantificações de linfócitos TCD4 permite maior atenção em intervenções futuras. A supressão virológica foi garantida para a população estudada dentro das diretrizes preconizadas, porém ainda há lacunas no alcance das metas, especialmente da 2ª diretriz da meta 90-90-90. |