A identidade do professor do ensino médio: autoconhecimento e conscientização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Borges, Sheila Santos Costa Brancatti lattes
Orientador(a): Abdalla, Maria de Fátima Barbosa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Educação
Departamento: Educação e Formação
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/148
Resumo: O presente trabalho busca compreender a identidade do professor do Ensino Médio. O problema da pesquisa constitui-se através da questão: quais são as representações dos professores sobre a sua própria identidade profissional frente às práticas docentes e ao contexto do trabalho? O objetivo central é compreender como o professor constrói sua identidade profissional por meio de suas representações (processo de autoconhecimento e conscientização). Este estudo fundamenta-se em Nóvoa (1995), para o entendimento das dimensões da identidade do professor; Hubberman (1992), na medida em que se analisa o ciclo de vida profissional; Tardif (2002) e Tardif e Lessard (2005), quando se pretende repensar a prática docente, por meio dos saberes e do trabalho do professor desenvolvido no contexto da escola; e Abdalla (2000, 2006, 2007), para explicitar a organização escolar e suas influências no trabalho docente. A pesquisa é de caráter qualitativo, e utiliza como instrumentos/técnicas: questionário com perguntas abertas e fechadas aplicado a onze professores; entrevistas semi-estruturadas realizadas com cinco professores e com a três gestoras da escola; e observação de aulas da maioria dos docentes durante sete meses. A organização dos dados possibilitou a definição de três categorias de análise e suas respectivas unidades de sentido: a dimensão pessoal (1ª categoria), destacando o autoconhecimento e a conscientização como unidades de sentido; a dimensão profissional (2ª categoria), abordando a escolha profissional, os saberes e o trabalho docente; e a dimensão organizacional/institucional (3ª categoria), enfatizando a gestão escolar. A análise dos dados aponta para representações construídas: na dimensão pessoal - ora reforçando aspectos positivos (a dedicação, a lealdade, a seriedade e o gostar), demonstrando o compromisso no enfrentamento dos desafios, das incertezas e inseguranças; ora acentuando aspectos negativos, traduzidos por desilusões, incompreensões, autojustificativas (self deception); na dimensão profissional revelando como as escolhas, as etapas da carreira, os saberes e o trabalho docente são desenvolvidos e como influenciam a prática; e na dimensão organizacional/institucional destacando os desencantos do professor em relação à gestão escolar frente às Horas de Trabalho Pedagógico Coletivo, ao Projeto Político-Pedagógico e às políticas educacionais; ao mesmo tempo a ênfase na necessidade de um trabalho coletivo e emancipatório. Em síntese, considera-se que é no entendimento dessas dimensões, como uma forma de autoconhecimento e de conscientização, que os professores (re)constroem suas identidades, tomando, assim, consciência de suas ações.