Análise espacial: ferramenta inovadora para avaliação da cobertura vacinal em crianças de 1 a 2 anos na Paraíba em 2016 e 2017

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Loureiro, Norma Caroline Furtado Montenegro lattes
Orientador(a): Martins, Lourdes Conceição lattes
Banca de defesa: Martins, Lourdes Conceição, Olinda, Ricardo Alves de, Pontes, Ysabely
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Saúde Coletiva
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/7022
Resumo: Introdução: A vacinação é uma das ações mais custo-efetivas e de maior impacto na ocorrência de doenças imunopreveníveis. A institucionalização das políticas públicas de vacinação no Brasil deu-se com a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que oferece universal e gratuitamente 19 vacinas em seu calendário. Excetuando-se as doses de reforço, três vacinas (tríplice viral, varicela e hepatite A) para 5 doenças (sarampo, caxumba, rubéola, varicela e hepatite A) são administradas em crianças de 1 a 2 anos. Objetivo: Analisar a distribuição espacial da cobertura vacinal de crianças de 1 a 2 anos na Paraíba em 2016 e 2017. Método: Estudo ecológico do tipo misto, com dados secundários de doses aplicadas obtidas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), dados referentes ao número de nascidos vivos obtidos a partir do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e número de óbitos infantis extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). A cobertura vacinal foi calculada por antígeno, considerando as vacinas do Calendário Nacional para crianças de 1 a 2 anos, excetuando-se as doses de reforço. Foi realizada a análise descritiva de todas as variáveis, bem como a análise espacial, por meio da estatística de Moran, onde se construíram mapas de espalhamento e de cluster. Utilizou-se o SPSS 24.0 for Windows, R CORE TEAM, QGIZ 3.4. O nível de significância foi de 5%. Resultados: Em 2017 observa-se um aumento da cobertura vacinal para todos os imunobiológicos estudados (p<0,05). No ano de 2016, segundo o Índice de Moran Global, todas as coberturas vacinais estudadas apresentaram autocorrelação espacial (p< 0,05). No ano de 2017, observa-se persistência da autocorrelação espacial somente para a cobertura vacinal da varicela e da 2ª dose da Sarampo, Rubéola, Caxumba. Ao estudar o Índice de Moran Local, evidenciam-se municípios com autocorrelação espacial positiva, com alta cobertura vacinal e influência positiva sobre seus vizinhos (p<0,05), notadamente na região do Sertão paraibano. Também são caracterizados municípios com cobertura vacinal baixa, influenciando negativamente seus vizinhos (p<0,05), especialmente na região da Zona da Mata. Conclusão: Apesar de se observar um aumento na cobertura vacinal em 2017, a maioria das vacinas não atingiram a meta estabelecida pelo PNI. Observou-se também uma heterogeneidade da cobertura vacinal entre os municípios da Paraíba.