Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lisley Cristina Gomes da
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Orientador(a): |
Franco, Maria Amélia do Rosário Santoro
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Banca de defesa: |
Galleão, Antonio M.,
Saul, Alexandre,
Vittoria, Paolo,
Sousa, Cidoval M.,
Silva, Roberto Araújo da Silva |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Educação
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Departamento: |
Centro de Ciências da Educação e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/7944
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Resumo: |
Nesta tese pode-se observar, por meio de uma visitação aos estudos históricos da pedagogia do mundo ocidental, que a predominância de uma educação nos moldes do ‘bancarismo’ sempre esteve presente nas diferentes correntes e concepções de cada período histórico. O diálogo não era o cerne estruturante de tais pedagogias. Paulo Freire, contrapondo-se à essa lógica de educação como transmissão de conhecimentos, propõe outra perspectiva: a de uma educação dialógica, horizontalizada e conscientizadora. Para tanto, o diálogo foi considerado como categoria principal da pedagogia freireana, e nesta tese ele é investigado na perspectiva pedagógica. Partiu-se da seguinte questão de pesquisa: como se constitui, epistemologicamente, o diálogo na pedagogia de Paulo Freire? Enfatiza-se nesta tese a compreensão da educação como prática social humana, inserida em um processo histórico sempre em transformação, tendo a pedagogia como ciência-mãe que pensa, articula e organiza as condições de educabilidade dos sujeitos, tendo como foco o imperativo ético-político de sua emancipação. Desta forma, apresenta-se como uma pedagogia que se faz necessariamente crítica. Epistemologicamente, fundamenta-se na perspectiva freireana e nas propostas de Franco com a Pedagogia Crítica. O objetivo da pesquisa concentrou-se em desvelar os entrames do diálogo, seus significados e sentidos na pedagogia freireana, concebendo-o como dispositivo de práticas pedagógicas humanizadoras. Buscou-se, paralelamente, compreender a historicidade do diálogo e sua epistemologia, assim como criticar situações educacionais geradoras de dominação/alienação/barbáries permitidas por meio dos processos pedagógicos acríticos. Insurge-se na construção de um diálogo pedagógico como princípio fundamental para a formação dos seres humanos críticos, sujeitos ativos, capazes de promover transformações. Metodologicamente é uma pesquisa qualitativa, sob forma de um ensaio crítico bibliográfico que se utilizou da hermenêutica dialética para síntese e sistematização dos dados recortados de toda bibliografia, na qual Paulo Freire é o aporte principal. Outros aportes também foram utilizados, dentre eles: Cambi, Jaeger, Franco, Paolo Vittoria. Após análise crítica com os dados, esta tese referendou as seguintes (re)construções do conhecimentos sobre o diálogo pedagógico: ele é político, pois transcende uma conversa, problematizando a realidade cotidiana com os sujeitos envolvidos, possibilitando o emergir da conscientização; não é um método, é um processo coletivo espiralado que, realizando coletivamente a leitura do mundo pelos pronunciamentos dos envolvidos, desencadeia possibilidades de transformações e recriações e reinvenções do mundo; promove vínculos e pertencimentos, reconhece os saberes adquiridos pelas vivências e cientifica-os, propiciando a ecologia dos saberes; sendo pedagógico é crítico, portanto, é um espaço de utopia, onde pode vir a surgir o inédito viável. Este trabalho reafirmou a tese de que o Diálogo Pedagógico dispõe condições para que ocorra o desenvolvimento de pensamentos críticos e, somente com essa inversão da ordem da verticalidade para a horizontalidade da educação as práticas efetivam-se como pedagógicas, possibilitando intervenções críticas e a emersão de seres autônomos em seus pensamentos, resistentes à dominação e persistentes na liberdade. Por fim, esta tese recomenda que frente às barbáries do mundo contemporâneo, o diálogo pedagógico, entendido como potencialidade contra hegemônica, seja um movimento de resistência. |