Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Conde, Constantino Kader
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Orientador(a): |
Pinto, Rosa Maria Ferreiro
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Saúde Coletiva
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/560
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Resumo: |
Esse estudo é um recorte da pesquisa “Tuberculose: realidade e imaginário de pacientes e seus familiares residentes na região central de Santos, que vem sendo desenvolvida pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação em Saúde Coletiva da UNISANTOS. A presente dissertação refere-se à avaliação dos impactos da doença nos pacientes com tuberculose ocular nas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente com os objetivos de identificar as conseqüências físicas e subjetivas, verificar as interações familiares e sociais; avaliar os aspectos discriminatórios da doença e compreender as causas de adesão, descontinuidade e abandono do tratamento. Trata-se de uma pesquisa social de metodologia qualitativa para a qual foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 11 doentes. Em relação ao cotidiano foram utilizadas concepções elaboradas por Heller e Berger & Luckmann, os tópicos relacionados ao preconceito e ao estigma foram embasados em Goffman, e a teoria psicológica de Vygotsky foi utilizada como apoio. O resultado das entrevistas gerou categorias empíricas através das quais se procedeu a discussão. Foram elas: a percepção da doença - limitações e sentimentos; estigmas e preconceitos nas relações sociais e familiares; persistência no tratamento. Foi observado que a tuberculose ocular não está relacionada com a vulnerabilidade social e nem com a transmissibilidade, quando comparada à tuberculose pulmonar. Houve perda visual e conseqüente prejuízo no dia-a-dia em nove dos entrevistados, mas o apoio da família esteve presente em todos os casos. Somente em dois ocorreu preconceito inicial, extinto ao se saber da não transmissibilidade da forma ocular; oito completaram os seis meses de tratamento, o que foi importante para a melhora da visão, e dois o abandonaram. Como conclusão, percebe-se a importância da educação em saúde e do conhecimento do cotidiano dos pacientes, pois assim, o sujeito pode perceber sua realidade, passando a ter condições de modificar sua existência. Uma vez realizada a mudança de comportamento, o indivíduo pode se prevenir através de medidas simples efetuadas no dia-a-dia e, com isto, melhorar sua qualidade de vida. |