Interferências da branquitude nas práticas-pedagógicas : o que sabemos e fazemos sobre o tema?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Mônica Ferreira lattes
Orientador(a): Almeida, Maria Isabel de lattes
Banca de defesa: Carvalho, Marília Pinto de, Franco, Maria Amélia do Rosário Santoro, Cardoso, Lourenço da Conceição, Saul, Alexandre
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Educação
Departamento: Centro de Ciências da Educação e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/7985
Resumo: Esta pesquisa tem como questão principal responder o que professoras que se autodeclaram brancas e atuam como docentes anos iniciais do Ensino Fundamental I, da rede pública municipal da cidade de Santos, pensam e fazem sobre possíveis interferências da branquitude em suas práticas pedagógicas. O intuito foi investigar e analisar discursos e representações que as entrevistadas apresentaram, a partir da Análise do Discurso, sobre as noções que têm a respeito da branquitude e de como sua pertença racial repercute em suas práticas pedagógicas. Para isso, utilizou-se entrevistas semiestruturadas como estratégia de coleta de dados para captar as compreensões que as entrevistadas têm acerca do tema e assim avançar na compreensão do problema de pesquisa. Esta é uma pesquisa qualitativa sustentada na perspectiva dialética que utilizou como arcabouço teórico as produções de FREIRE (1967, 1984, 1997, 2004), FRANCO (2005, 2012), hooks (2017, 2021), CANDAU (2011, 2012), ALMEIDA (2019), BENTO (2022), SCHUCMAN (2014, 2020), CARDOSO (2010, 2014), MÜLLER e CARDOSO (2017), KILOMBA (2020), FOUCAULT (2002,1975) e PÊCHEUX (2014). Os achados da pesquisa demonstraram que as professoras desconhecem o conceito da branquitude e têm convicção de que não há um racismo estrutural que permeia as relações pedagógicas; demonstram dificuldade para desenvolver o trabalho pedagógico quando o conteúdo versa sobre a escravização e racismo; ensinam às crianças que somos todos iguais, reforçando a falsa ideia da democracia racial e avaliaram que o debate racial e o tema da branquitude precisam ser integrados às disciplinas formativas nos cursos das graduações.