Interação e comunicação de crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA) em aulas de educação física infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Caetano, Ubirajara da Silva lattes
Orientador(a): Gomes, Marineide de Oliveira lattes
Banca de defesa: Gomes, Marineide de Oliveira, Monfredini, Ivanise, Pedroso, Cristina Cinto Araújo, Saul, Alexandre, Avoglia, Hilda Rosa Capelão
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Educação
Departamento: Centro de Ciências da Educação e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/6081
Resumo: A pesquisa configura-se como abordagem qualitativa e tem como objetivo analisar as formas possíveis e as dificuldades de intervenções lúdicas na pré-escola em aulas de educação física que privilegiam a interação e a comunicação de crianças que apresentam Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), sob o olhar da inclusão, numa perspectiva histórico-cultural. A primeira parte da pesquisa consistiu na realização de um levantamento exploratório de como ocorrem as atividades corporais e o brincar na pré-escola, para identificar as concepções de criança, infância, professor, inclusão e TEA em uma unidade de educação infantil pública do município de Santos/SP (pré-escola), com aprofundamento, por meio de revisão bibliográfica de temas centrais da investigação: criança, infância, atividades corporais lúdicas, inclusão e TEA. A segunda parte da pesquisa tratou das aulas de educação física na pré-escola com as crianças, por meio de mediações em roda de conversa e na forma de comunicação alternativa (estimulação visual). O universo da pesquisa foi de três turmas de pré-escola, com cerca de 65 crianças entre cinco e seis anos de idade, em que apresentasse em cada sala pelo menos um caso de criança diagnosticada com TEA. Os instrumentos de pesquisa foram: i) análise documental de documentos orientadores sobre as Políticas de Inclusão no Brasil, do município e da escola pesquisados; ii) observação participante com registro audiovisual das aulas de educação física e Diário de Campo (DC), especialmente das rodas de conversa no início e final das aulas com as crianças das turmas investigadas. Os resultados da investigação apontaram que os documentos Plano Municipal de Educação (PME), Plano de Curso de Educação Infantil (PCEI) foram organizados de forma monocrática, diferente do discurso inicial, o Projeto Político Pedagógico (PPP) foi elaborado do mesmo modo, baseando-se no modelo Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças (do termo em inglês SWOT) utilizado por empresas, além do Plano de Curso de Educação Física (PCEF) que apresenta um viés técnico, com atividades diretivas contendo poucas atividades lúdicas. Já a concepção de educação dos documentos é predominante para ações reprodutoras, assim como a visão inicial de professor como reprodutor de conhecimentos. Os dados indicam três categorias de análise significantes: 1) Relação criança-criança e criança sem autismo-criança com autismo - mostrando as interações durante as aulas, as dificuldades de aproximação, a percepção e a falta de interação nessa convivência; 2) Prática docente - indicando as relações da prática pedagógica do professor ¿ pesquisador e sua reflexão sobre a prática, além das intenções propostas para o lúdico na escola e 3) Espaço e ambiente - sinalizando as trocas de experiência no ambiente interno e externo, assim como a organização dos materiais pedagógicos de Educação Física e a movimentação lúdica nas aulas. Além disso, foram analisadas doze subcategorias sobre as categorias iniciais, representando o contexto da própria prática docente do professor-pesquisador na instituição investigada.