Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fogo, Mariana Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-13122018-083852/
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Resumo: |
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno neuropsiquiátrico grave caracterizado por comprometimento da capacidade de interação social e comunicação e pela presença de interesses, atividades e comportamentos repetitivos e restritos. O TEA apresenta alta heterogeneidade genética e pode ser enquadrado em diferentes modelos de herança, o que torna difícil apontar os fatores genéticos associados ao transtorno e compreender de que forma eles interagem e ocasionam, em última instância, sua manifestação clínica. Ainda, fenômenos como penetrância incompleta e discordância entre gêmeos monozigóticos são frequentemente observados em famílias com indivíduos afetados, tornando ainda mais complexo o entendimento do envolvimento de cada um dos fatores genéticos na etiologia do TEA. Uma forma de contornar esses problemas é a utilização de abordagens transcriptômicas no estudo desse transtorno. Nesse contexto, a busca por variantes patogênicas deixa de ser o principal foco do estudo e a atenção volta-se para a investigação de vias de sinalização e processos biológicos que estejam desregulados durante o processo de diferenciação neuronal e que sejam compartilhados pelos indivíduos afetados. Usando como principal ferramenta o sequenciamento do transcriptoma de células progenitoras neurais (NPC) e neurônios derivados de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSC), identificamos uma série de alterações transcricionais importantes entre pacientes e controles, sugerindo que, a despeito da grande heterogeneidade genética associada ao transtorno, essas alterações se refletem em processos biológicos comuns. Nossos resultados são consistentes com os obtidos em trabalhos anteriores realizados com outros modelos de estudo e as linhagens celulares geradas a partir de nosso protocolo parecem refletir de forma fidedigna o perfil de expressão do cérebro fetal. Ainda, em um caso particular incluído neste estudo, investigamos as consequências transcricionais e funcionais de uma duplicação na região 17p13.3 - alteração previamente implicada em outros casos de autismo - nas células neuronais deste paciente, contribuindo para a compreensão do papel desta duplicação na patofisiologia do TEA. Dessa forma, nosso trabalho reforça a validade do uso de células neurais derivadas de iPSC e de abordagens transcricionais para o estudo de transtornos do neurodesenvolvimento |