Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Joice Maria Pacheco Antonio
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Orientador(a): |
Martins, Lourdes Conceição
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Banca de defesa: |
Martins, Lourdes Conceição,
Braga, Alfésio Luis Ferreira,
Pamplona , Ysabely de Aguiar Pontes,
Ozawa, Carolina,
Botelho, Mônica Luzia de Arruda |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/7081
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Resumo: |
Introdução: A exposição materna a contaminantes ambientais pode levar a desfechos indesejáveis na gestação. A Gestação de Alto Risco é um dos fatores que levam a maior chance de morbimortalidade do binômio mãe e feto. A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS)SP/BRASIL é considerada uma das regiões com os piores índices de mortalidade materna e infantil e de contaminação ambiental do estado de São Paulo. Objetivo: Avaliar os fatores de risco sociodemográficos, reprodutivos e ambientais na gestação de alto risco. Metodologia: Estudo caso-controle, utilizando amostra probabilística composta por 402 gestantes divididas em dois grupos: com e sem gravidez de alto risco. O instrumento utilizado foi um questionário autoaplicável que continha informações sociodemográficas, reprodutivas e de exposição a contaminantes ambientais. Foram utilizados também dados secundários sobre áreas contaminadas obtidas junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Foi realizada a análise descritiva, teste de Qui-quadrado e/ou Teste Exato de Fisher, análise de regressão logística univariada e múltipla. Foi feito também o georreferenciamento dos participantes por local de moradia. Foram utilizados os softwares: Statistical Package for the Social Sciences, versão 24.0 (SPSS 24.0), e o QGIZ 3.4. O nível de significância foi de 5%. Resultados: Observou-se um maior número de gestantes na faixa etária entre 18 e 34 anos (p<0,05), cor parda (p>0,05), com união estável (p>0,05), que estudaram além do ensino fundamental (p>0,05) e eram ¿do lar¿ (p>0,05). A maioria das gestantes moravam há mais de 3 anos no endereço informado, em residências com 3 ou menos cômodos. Realizavam a limpeza da casa mais de duas vezes na semana, não criavam animais, mas a maior parte dos casos afirmaram observar sinais de baratas e/ou ratos na residência e com isso utilizavam mais inseticidas (p<0,05). A maioria dos casos residiam em áreas contaminadas, definidas pela CETESB, e estavam expostas a combustível automotivo e solventes aromáticos (p<0,05). Nas gestantes de alto risco predominou síndrome hipertensiva, diabetes mellitus (DM) ou ambos. Foram orientadas sobre o local do parto e consideraram seu atendimento de pré-natal entre ótimo e bom. O modelo de regressão logística múltiplo final demonstrou que morar em área contaminada (OR= 1,58; IC95%: 1,03; 2,42), uso de inseticida (OR= 2,88; IC95%: 1,54; 5,40), carpete/tapete no quarto (OR= 5,18; IC95%: 1,46; 18,44), ter rinite (OR= 1,75; IC95%: 1,04; 2,94), limpar a casa menos de 2 vezes por semana (OR= 1,66; IC95%: 1,06; 2,60), morar em casas com 3 ou menos cômodos (OR=1,93; IC95%: 1,22; 3,05) são fatores de risco relacionados a gestação de alto risco. Conclusão: Os contaminantes ambientais desempenham um papel importante na gravidez e medidas de mitigação são necessárias para melhorar o meio ambiente e reduzir a gravidez de alto risco na RMBS. |