Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Ferraro, José Luis Schifino
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Orientador(a): |
Alho, Clarice Sampaio
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular
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Departamento: |
Faculdade de Biociências
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/5517
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Resumo: |
Objetivo: Investigar se há associação entre as variantes polimórficas - 786T>C e 894G>T (Glu298Asp) do gene que codifica para a sintase do óxido nítrico endotelial (eNOS) e a ocorrência de sepse, choque séptico e disfunções orgânicas em pacientes com condições críticas de saúde. Pacientes e Métodos: Foram selecionados para esse estudo 207 pacientes críticos internados na unidade de tratamento intensivo geral (UTI) do Hospital São Lucas da PUCRS, admitidos de março de 2002 a dezembro de 2005. O grupo controle foi constituído por 149 doadores voluntários saudáveis oriundos da mesma população. A disfunção orgânica dos pacientes sépticos foi avaliada durante a primeira semana após admissão na UTI, através do escore SOFA, e foram consideradas as ocorrências de sepse, choque séptico e óbito. Os genótipos das variantes polimórficas -786C>T e 894G>T foram determinados por análise de fragmentos de restrição dos produtos da reação em cadeia da polimerase (PCR). Após, foi analisada a freqüência da distribuição dos genótipos e dos alelos entre os grupos de pacientes e de indivíduos saudáveis. Resultados: A freqüência de portadores do alelo -786C entre os pacientes críticos e pacientes sépticos foi significativamente mais alta do que entre os voluntários saudáveis (58% vs 46%; P=0,021, OR=1.64, CI 95%: 1.05-2.57, e 60% vs 46%; P=0,012, OR=1.82, CI 95%: 1.10-3.01, respectivamente). Homozigotos - 786CC tiveram significativamente um maior grau de disfunção orgânica, medido pelo escore SOFA durante a crucial primeira semana de internação na UTI (P=0,001) sem, no entanto, haver diferença significativa na taxa de mortalidade. Homozigotos 894TT foram mais freqüentes entre os pacientes críticos e pacientes sépticos do que entre indivíduos saudáveis (25% vs 14%; P=0,017, OR=0.49, CI 95%: 0.25-0.92, e 25% vs 14%; P=0,024, OR=0.46, CI 95%: 0.22-0.96, respectivamente). Por outro lado, portadores do alelo 894G tiveram escores SOFA significativamente mais altos (P=0,028) e não houve relação significativa com a mortalidade. Detectou-se a presença significativamente superior do duplo-homozigoto -786CC/894TT no grupo de pacientes (P=0,002) se comparada ao grupo de sujeitos saudáveis, e o duplohomozigoto 786TT/894GG significativamente mais freqüente no grupo de voluntários (P=0,002) do que no grupo de pacientes. Conclusão: Ambas variantes polimórficas -786C>T e 894G>T da eNOS podem estar associadas com um maior risco de suscetibilidade ao desenvolvimento de condições clínicas críticas mais graves, à sepse e ao choque séptico. |