Efeito da exposição de diferentes extratos parasitários na resposta pulmonar alérgica em modelo murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sudbrack, Simone lattes
Orientador(a): Pitrez, Paulo Márcio Condessa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
Departamento: Faculdade de Medicina
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1325
Resumo: Introdução: Resultados de estudos epidemiológicos são controversos em relação ao desenvolvimento de asma após a exposição por helmintos. Ainda não está claro se diferentes parasitas têm efeitos distintos na resposta imune em asma. Objetivo: Analisar o efeito de diferentes extratos parasitários na resposta pulmonar alérgica em um modelo animal murino. Métodos: Extrato de três diferentes parasitas (Angiostrongylus costaricensis, Angiostrongylus cantonensis e Ascaris lumbricoides) foram injetados intraperitonealmente em camundongos fêmeas adultas BALB/c. A sensibilização com ovalbumina intraperitoneal e pulmonar foi realizada sete dias após a sensibilização com extrato parasitário. BALB/c sem extrato parasitário fizeram parte do grupo controle. No lavado broncoalveolar (LBA) foram analisados: número total de células, células diferenciais, IL-5, IL-10 e INF-U. Resultados: O número total de células, eosinófilos e linfócitos foram suprimidos pelos extratos dos parasitas Angiostrongylus cantonensis e Ascaris lumbricoides quando comparado ao grupo controle (p=0.001, p=0.001 e p<0.001, respectivamente) no LBA. Extratos de A. lumbricoides e Angiostrongylus costaricensis também induziram uma marcada redução de IL-5 no lavado broncoalveolar (p<0.001). Níveis de INF- U no lavado broncoalveolar não foram diferentes nos grupos estudados. Exposição à A. lumbricoides levou a um aumento dos níveis de IL-10 no pulmão de camundongos (p<0.001). Conclusão: Diferentes helmintos apresentam respostas imunes distintas em camundongos sensibilizados com OVA intrapulmonar. Nossos achados sugerem que controvérsias publicadas em estudos epidemiológicos podem ser explicadas pelas diferenças nas respostas imunes induzidas pelos diferentes parasitas na população humana.