Efeito da exposição neonatal a extrato parasitário sobre a resposta pulmonar alérgica em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ponzi, Daniela lattes
Orientador(a): Pitrez, Paulo Márcio Condessa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
Departamento: Faculdade de Medicina
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1344
Resumo: Introdução: Pesquisas sobre novas terapias em asma deveriam ter como alvo a mudança na resposta imune antes da expressão da doença, com fármacos ou substâncias capazes de modificar os fenótipos das células T no início da vida. O melhor momento para intervenções terapêuticas em asma, com este objetivo, ainda não está claro e estabelecido. Objetivos: analisar o efeito da exposição de extrato parasitário de Angiostrongylus cantonensis em diferentes momentos do modelo murino de resposta pulmonar alérgica a ovalbumina. Métodos: Extrato de Angiostrongylus cantonensis foi injetado por via intraperitoneal (i.p) em camundongos BALB/c adultos, em 3 diferentes momentos do protocolo de resposta pulmonar alérgica a ovalbumina (OVA): 3 semanas antes (intervenção precoce; período neonatal), 1 semana antes (pré-sensibilização), e 3 semanas depois do início do protocolo de OVA (pós-sensibilização). Foram mensuradas a contagem total e diferencial de células no lavado broncoalveolar (LBA), os níveis de peroxidase eosinofílica (EPO) e alterações histológicas no tecido pulmonar. Resultados: No grupo com intervenção neonatal houve redução significativa da contagem total de células (p=0,01), de neutrófilos (p=0,015) e linfócitos (p=0,01) no LBA e de EPO no tecido pulmonar (p=0,008). A análise histológica demonstrou uma redução do infiltrado pulmonar eosinofílico peribrônquico e perivascular mais acentuada no grupo com intervenção precoce. Conclusões: O período neonatal foi o momento onde o extrato parasitário foi mais eficaz em inibir a resposta pulmonar alérgica em camundongos. O melhor momento para testar novas terapias imunomoduladoras em asma de origem atópica parece ser os primeiros meses de vida.