Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Dal Castel, Vanderléia de Lurdes
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Orientador(a): |
Mendes, Jussara Maria Rosa
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
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Departamento: |
Faculdade de Serviço Social
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/548
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Resumo: |
O estudo discute os vários ângulos que perpetuam a desproteção social do trabalhador rural nos processos de adoecimento e acidentes no trabalho. A própria trajetória histórica da inserção dos trabalhadores no campo dos direitos sociais é marcada pela desigualdade social no conjunto de ações destinadas a assegurar o direito à saúde, à previdência social e à assistência social na sociedade brasileira. Condição que expõe o trabalhador e sua família a diferentes formas de violências e precarização das condições de vida, saúde e trabalho. Privilegiaram-se nesta investigação informações epidemiológicas de notificações de agravos à saúde dos trabalhadores do meio rural. Para isso, o banco de dados do Relatório Individual de Notificação de Agravo (RINA) que faz parte do Sistema de Informação em Saúde e Trabalho (SIST-RS) e vem registrando os acidentes do trabalho da população urbana e rural, juntamente com as Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs), contribuíram para dar visibilidade à problemática das subnotificações no âmbito rural. Sistematizaram-se somente os agravos dos trabalhadores rurais da sexta Coordenadoria Regional da Saúde de Passo Fundo/RS, no período de abr./2000 a mar./2003. De forma complementar, foram realizadas entrevistas qualitativas com trabalhadores rurais, líderes sindicais, profissionais de instituições como a EMATER e a Previdência Social. Para isso, utilizou-se um roteiro de pesquisa com questões semi-estruturadas. Observou-se que, dos 420 trabalhadores rurais que sofreram algum agravo, 72% dos acidentes e doenças do trabalho registrados no RINA não receberam orientação e encaminhamento para o recebimento do auxílio-benefício, e somente 13% dos trabalhadores tiveram a CAT emitida ao INSS, o que os excluiu do direito aos benefícios previdenciários. Realidade que contribui para a desproteção social do trabalhador rural no seu dia-a-dia de trabalho, no qual a violência que os atinge é sutil, é escamoteada no cansaço, na dor e no sofrimento oculto. A gente necessita de assistência, mais proteção, nós estamos desassistidos. Proteção que eu quero dizer é quanto à própria saúde |