O eixo ba?o-c?rebro na epilepsia experimental e no tratamento com c?lulas mononucleares de medula ?ssea ap?s o status epil?pticus
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul
Escola de Medicina Brasil PUCRS Programa de P?s-Gradua??o em Medicina/Pediatria e Sa?de da Crian?a |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8906 |
Resumo: | A epilepsia, afeta mais de 65 milh?es de pessoas em todo o mundo. Recentemente tem sido demostrado que as c?lulas mononucleares da medula ?ssea (CMMO) exercem efeito anti-inflamat?rio no sistema nervoso central e perif?rico em estudos com modelos experimentais de epilepsia. Como o ba?o ? um ?rg?o central da imunidade celular e humoral e influencia direta ou indiretamente o sistema nervoso central. No primeiro cap?tulo investigou-se em animais esplenectomizados, submetidos ao protocolo de pilocarpina e tratados com c?lulas mononucleares de medula ?ssea (CMMO) a biodistribui??o das c?lulas transplantadas, avaliou-se a express?o de fatores inflamat?rios e ainda a mem?ria espacial nos diferentes grupos. Para atender os objetivos, foi utilizado o protocolo de pilocarpina (320mg/kg) para a indu??o de status epilepticus (SE) em ratos Wistar machos esplenectomizados sete dias antes do SE. As CMMO foram extra?das da medula ?ssea de ossos longos de camundongos C57Bl/6 transg?nicos EGFP+ e a separa??o foi realizada por gradiente de Ficoll. O transplante de CMMO (100 ?L contendo 1x107c?lulas EGFP+) foi realizado pela veia da cauda uma hora ap?s o protocolo de pilocarpina nos animais que entraram em SE. Nos tempos de 12 e 24 horas ap?s o transplante os ratos foram eutanasiados para a obten??o de amostras (c?rebro, pulm?o, f?gado, rins e ba?o). Tanto a biodistribui??o das c?lulas EGFP+, quanto a express?o dos fatores inflamat?rios (Interleucina -1?, TNF-?, AIF-1 e Interleucina-10) foram avaliados com o uso do qRT-PCR. A mem?ria espacial dos animais foi avaliada atrav?s do labirinto aqu?tico de Morris (LAM) dez dias ap?s o SE. O resultado deste estudo mostrou que o as c?lulas injetadas pela veia da cauda foram encontradas no ba?o, f?gado e rim de animais tratados com o ba?o e no f?gado e rim de animais tratados sem o ba?o. Vimos ainda que tratamento com as CMMO foi capaz de diminuir as citocinas pr?-inflamat?rias no tecido cerebral e no ba?o dos animais submetidos ao SE e tamb?m a esplenectomia apresentou um papel anti-inflamat?rio semelhante ao das CMMO na express?o de citocinas cerebrais nas primeiras 12 horas. No entanto para a terapia com CMMO a esplenectomia nos animais com SE, prejudicou a efic?cia do tratamento perante a resposta inflamat?ria e no teste do LAM, onde os animais tradados e esplenectomizados com SE n?o desempenharam bem a tarefa proposta no teste. O que reflete em falha na capacidade de aprendizagem e consolida??o da mem?ria espacial bem como ? vista em ratos com SE sem o tratamento. A partir destes dados, no segundo cap?tulo, nos propomos a investigar qual o papel do ba?o no desenvolvimento da epilepsia. O objetivo foi investigar a import?ncia do ba?o na epileptog?nese avaliando a frequ?ncia de crises, a mem?ria, o comportamento depressivo e a express?o de fatores inflamat?rios no tecido cerebral em dois modelos de epilepsia do lobo temporal (pilocarpina e ?cido ca?nico (KA)). O projeto contou com ratos Wistar machos jovens que foram esplenectomizados sete dias antes dos protocolos de SE (pilocarpina (100mg/kg a cada 30min.) e ?cido ca?nico (KA) (5mg/kg a cada hora). Durante os protocolos de SE, foram avaliadas a lat?ncia para a primeira crise, presen?a de SE, n?mero de crises e mortalidade durante o SE. Na fase cr?nica da doen?a (50 dias ap?s o SE) os ratos foram filmados por sete dias (24h/dia). O paradigma do reconhecimento de objetos (RO) foi realizado na semana seguinte ao v?deo monitoramento para testar mem?ria de curta dura??o. E o teste do nado for?ado foi realizado na semana ap?s o RO. A coleta do tecido cerebral para a an?lise de express?o dos fatores inflamat?rios a partir de qRT-PCR foi efetuada ap?s a finaliza??o de todos os testes. Sendo assim, os resultados do nosso segundo estudo revelou que a esplenectomia reduz a lat?ncia para primeira crise neste protocolo de pilocarpina e n?o influenciou na porcentagem de animais com SE, no n?mero de crises e mortalidade durante o SE. Por?m no protocolo de KA a esplenectomia aumentou a lat?ncia de crises, reduziu a porcentagem de animais que entraram em SE, diminuiu o n?mero de crises e a porcentagem de animais com mortalidade durante o SE. Na fase cr?nica a frequ?ncia de crises n?o foi alterada pela esplenectomia nos animais dos grupos com pilocarpina e KA. E a dura??o das crises tamb?m n?o teve diferencia??o pela esplenectomia nos dois modelos. A mem?ria de reconhecimento de objetos foi prejudicada nos ratos epil?pticos dos dois modelos, entretanto nos ratos epil?pticos e esplenectomizados os ratos apresentaram melhor desempenho no teste em ambos os modelos. Todos os ratos epil?pticos apresentaram comportamento depressivo perante os resultados do nado for?ado e a esplenectomia n?o mostrou influencia no teste do nado for?ado. A express?o de IL-1? e TNF-? em tecido cerebral nos ratos submetidos ao protocolo de pilocarpina foi mais alta em rela??o aos animais do protocolo de KA e n?o houve diferen?a entre os grupos com ba?o e sem ba?o. A express?o de AIF-1 foi negativa no tecido cerebral dos ratos de todos os grupos deste estudo. E a express?o em tecido cerebral de IL-10 apresentou um aumento nos ratos epil?pticos esplenectomizados nos dois modelos experimentais. Com base nos resultados do nosso estudo foi poss?vel reconhecer que o ba?o apresenta envolvimento tanto na terapia celular na fase aguda do SE, quanto no processo de epileptog?nese nos dois modelos de epilepsia. |