A hip?tese comunica??o-linguagem para a evolu??o da consci?ncia
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul
Escola de Humanidades Brasil PUCRS Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11296 |
Resumo: | Backgroud: Este trabalho leva em conta, como pano de fundo, o problema funcional da consci?ncia, retratado na quest?o sobre a fun??o da consci?ncia, a saber, primeiro, na indaga??o pela raz?o da consci?ncia ter emergido em animais n?o-humanos e animais humanos em um processo evolucion?rio e, depois, se ela foi relevante para os organismos que a possu?am. H? uma enorme variedade de modelos que s?o oferecidos como respostas provis?rias ao problema funcional da consci?ncia, contudo esta pesquisa sustenta-se, majoritariamente, em modelos cognitivistas, neurais e de alta-ordem da consci?ncia. Tais modelos s?o levados em considera??o de modo coerente e orientados por uma perspectiva evolucion?ria, mantendo a ?nfase em princ?pios cruciais como o gradualismo, a sele??o natural, a descend?ncia comum, a adapta??o e outros. Os Modelos Evolucionistas s?o considerados prop?cios ? investiga??o do ?por que? a consci?ncia ter evolu?do na esp?cie humana, pois eles se concentram em expor as raz?es da intera??o co-evolutiva entre as emo??es e a cogni??o, a comunica??o animal e a linguagem em animais humanos, com a consci?ncia. Hip?tese de Trabalho: A proposta ? uma defini??o conceitual do mecanismo consciente como um tradutor de estados internos e impl?citos em estados extr?nsecos por meio de representa??es simb?licas. A hip?tese defendida ? que a consci?ncia possui a fun??o comunicativa capaz de recrutar a mem?ria de trabalho, especificamente, os seus subcomponentes especialistas, e o sistema cognitivo-computacional da sintaxe, que tem uma estrutura sint?tica no seu cerne, para codificar a informa??o simbolicamente e que ? capaz de ser decodificada pelos organismos que possuem o mesmo sistema cognitivo-computacional de mesclagem de estruturas lingu?sticas e um mesmo modelo de mem?ria de trabalho e os seus subcomponentes. Em outras palavras, o mecanismo consciente de tipo no?tico (verbal) funciona como um coordenador da atividade da mem?ria de trabalho, inicialmente, e do sistema cognitivo-computacional para codifica??es subsequentes, transformando os estados discretos internos, como os estados emocionais, em comportamento simb?lico expresso atrav?s de representa??es simb?licas de alta-ordem. Aos organismos possuidores desses recursos, uma vantagem adaptativa foi conferida, pois tais organismos vivem em uma organiza??o socialmente interdependente e, agora, eles s?o capazes de comunicar aos outros organismos os seus estados internos, tais como o estado do seu corpo, as suas inten??es, os seus planos e as caracter?sticas do ambiente com mais complexidade e precis?o que a comunica??o comportamental n?o-simb?lica. Metodologia: O modo de exposi??o subdivide o texto em duas partes, sendo a Parte 1, constitu?da por dois cap?tulos, e a Parte 2 ? composta por somente um cap?tulo. No Cap?tulo 1, a abordagem incide sobre as Express?es Emocionais, as Fun??es Executivas, especialmente, a Mem?ria de Trabalho e a Aten??o Seletiva, e a Consci?ncia. No Cap?tulo 2, o alvo cabe em interpelar as rela??es entre os Sistemas de Comunica??o Avan?ados em Animais N?o-Humanos e a Linguagem em Animais Humanos. Os dois primeiros cap?tulos firmam a base te?rica e experimental da hip?tese de trabalho. Na Parte 2, mais precisamente, no Cap?tulo 3, a Hip?tese Comunica??o-Linguagem para a Evolu??o da Consci?ncia ? apresentada formalmente. Todos os cap?tulos s?o subdivididos em 6 subse??es e a cada inser??o de subse??o, a hip?tese de trabalho ? resgatada para dar o sentido que cada t?pico ocupa para a hip?tese de trabalho. Em geral, esta ? uma abordagem te?rico-conceitual, t?pica da pesquisa de base em neuroci?ncias cognitivas e neurofilosofia, que procura oferecer, com embasamento em modelos explicativos te?rico-experimentais variados, uma defini??o conceitual para a origem da consci?ncia que, talvez, no futuro, poder? ser usada pela ci?ncia aplicada enquanto defini??o operacional. Objetivos: Em geral, as metas consistem em apresentar o problema da fun??o da consci?ncia e uma defini??o conceitual pass?vel de virar uma defini??o operacional no futuro, se bem-sucedida. Desse modo: (1) inicialmente, se busca salientar como a quest?o da fun??o da consci?ncia deva ser apreendida e descrever as caracter?sticas gerais dos modelos evolucionistas, que servem de base te?rica e experimental enquanto efeito preparat?rio para a introdu??o da hip?tese de trabalho; (2) seguidamente, o primeiro momento da hip?tese de trabalho reside em indicar como as express?es emocionais, as fun??es executivas e o sistema cognitivo-computacional da recursividade sint?tica interagem para a produ??o de comportamento verbal atrav?s de representa??es expl?citas de estados internos do organismo, detalhadamente, apontando como o mecanismo consciente co-evolui com a linguagem em animais humanos possibilitando a tradu??o das representa??es intr?nsecas em extr?nsecas para performar prop?sitos comunicativos em organismos, inseridos em um nicho ecol?gico e social compartilhado, que possuem o mesmo sistema capaz de codificar e decodificar as informa??es simb?licas; (3) por ?ltimo, se aspira tencionar sobre o segundo momento da hip?tese de trabalho, a saber, demonstrar que se a consci?ncia n?o depende evolutivamente da linguagem, esta ?ltima ? dependente da consci?ncia e da coparticipa??o evolutiva, um novo grau de complexidade evolutiva resultou para a consci?ncia. Resultados: Mesmo que a hip?tese possa apresentar incompletude e carecer de maior base te?rica e corrobora??o experimental, ela poder? ser um prospecto condizente com as refer?ncias norteadoras da pesquisa atual e, se bem-sucedida no confronto com as cr?ticas relevantes, servir como uma defini??o operacional t?pica da pesquisa aplicada. Conclus?o: Assim como o estado de arte em ?Estudos da Consci?ncia? indica estar ainda numa fase inicial de levantamento das hip?teses, esclarecimento de defini??es conceituais, ensaios de aproxima??o interdisciplinar entre os modelos com maior afinidade, este trabalho est? circunscrito numa fase preliminar de brainstorming, que depois de passar por crivo cr?tico e ajustes, talvez, poder? ser testado adiante |