Mecanismos de inibição da asma por exposição a antígenos parasitários e bacterianos em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Barbosa, Gustavo Leivas lattes
Orientador(a): Pitrez, Paulo Márcio Condessa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
Departamento: Faculdade de Medicina
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1313
Resumo: Introdução: Helmintos e bactérias parecem inibir o desenvolvimento de asma atópica. Os mecanismos envolvidos (balanço Th-1/Th-2 e atividade Treg) ainda não são bem compreendidos neste processo. O objetivo do presente estudo é analisar os distintos mecanismos envolvidos na inibição da asma atópica em animais expostos à helmintos e lisado bacteriano. Métodos: Fêmeas adultas de camundongos C57BL/6 e C57BL/6 IL-10(-/-)(camundongo deficiente de IL-10) foram usadas. Inflamação pulmonar alérgica foi induzida com sensibilizações intraperitoneais e desafios das vias aéreas com ovalbumina (OVA). Foram usados 4 grupos experimentais: 2 grupos (C57BL/6 e C57BL/6 IL-10(-/-)) que receberam extrato de A. costariscencis, 1 grupo que recebeu lisado de E. coli e um grupo controle. Imunizações fora realizadas 7 dias antes do protocolo de OVA. Ao final do protocolo foram realizadas contagens de células no lavado broncoalveolar (LBA), ensaio de peroxidase eosinofílica (EPO) em tecido pulmonar e análises de citocinas (IL-5 e IFN-&#947;) no LBA e no sobrenadante de cultura de esplenócitos. Resultados: Contagem de eosinófilos, atividade de EPO e os níveis de IL-5 no LBA foram reduzidos nos animais que receberam extrato do parasito e E. coli quando comparado ao grupo controle (p=0,017, p<0,001 e p<0,001, respectivamente). O número de neutrófilos no LBA foi maior nos animais dos grupos que receberam extrato do parasita (p=0.04). Os níveis de IFN- &#947; foram reduzidos somente nos animais que receberam lisado de E. coli (p<0,001). Na resposta imune sistêmica (cultura de esplenócitos), os níveis de IL-5 foram significativamente menores nos animais que receberam extrato (p<0.001) e os níveis de IFN-&#947; não mostraram diferença entre os grupos. Conclusões: A inibição da asma atópica por diferentes patógenos tem mecanismos distintos. Além disto, o extrato de A. costaricensis aumentou a inflamação neutrofílica nos pulmões e a IL-10 não é responsável pelo efeito inibitório na resposta pulmonar alérgica.