As propriedades do jornalismo sensacionalista: uma análise da cobertura do caso Isabella Nardoni

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Teixeira, Marieli Rangel lattes
Orientador(a): Wainberg, Jacques Alkalai lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4465
Resumo: Este trabalho nasceu das investigações acerca do jornalismo sensacionalista no Brasil. Devido à ampla utilização de inúmeros termos para designar a existência do sensacionalismo nas notícias e uma imprecisão teórica sobre o assunto, verificamos a necessidade de buscar teorias concisas e claras para esta área dos estudos jornalísticos. Devido à lacuna existente a respeito do gênero sensacionalista, este estudo busca desvendar as propriedades linguísticas ou não necessárias para designar a ocorrência de sensacionalismo na atividade jornalística. Como estudo de caso, abordaremos a morte da menina Isabella Nardoni, ocorrida em março de 2008, em São Paulo, que recebeu uma cobertura jornalística espetacular, comoveu os brasileiros e tornou-se um marco para os estudos sobre os rumos do jornalismo no país. Os meios de comunicação dos mais diferentes programas e linhas editoriais elegeram este caso para dar uma cobertura extraordinária, trabalhando, muitas vezes, à frente da investigação policial. Mas por que a garotinha Isabella recebeu tamanha atenção da imprensa e da própria sociedade, que acompanhou tão de perto este crime? E por que o jornalismo é fundamental para não somente noticiar, mas para formar juízo de valor sobre os fatos? Nesta pesquisa, buscando responder tais questionamentos, iremos abordar a importância do jornalismo na sociedade, mostrando como ele é capaz de influenciar diretamente na opinião pública e incitar, muitas vezes, a violência nas pessoas. Fica evidente que a ampla exposição deste caso na mídia provocou o clamor popular e foi fator determinante para a condenação dos acusados, em júri popular realizado no mês de março de 2010.