Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cabrera, Honatan Fajardo
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Orientador(a): |
Souza, Ricardo Timm de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7246
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Resumo: |
Através da intensidade poético-pensante e das multiplicidades que ressoam entre o animot, a animalidade da letra, a zoopoética e a zoopolitica, experimenta-se estas noções entretecidas por Jacques Derrida, na dissidência das passagens pelas fronteiras e ao traço da escritura inquietada e ao assédio dos rastros dos animais e outros, que se entrecruzam e emergem desmantelando os axiomas obsoletos da clausura antropocêntrica. Comoção que não se reduz ao âmbito discursivo, senão que se relaciona com as mutações e desconstruções que acontecem e solicitam, entre o corpo a corpo de mais de uma língua, a não resignar-se nos pressupostos do logocentrismo e o carnologofalocentrismo que impregna diversos registros da modernidade dentro de um processo de depredação sem antecedentes. Desse modo, se trata de deslizar-se entre as aporias e os limites instáveis, a multiplicidade da diferencia e os tremores entre os umbrais do humano, o animal e outros. Nessas zonas limítrofes de decisiva indecidibilidade, onde nada se reduz a uma linha de demarcação única e indivisível, nem à continuidade, nem à confusão homogênea e essencialista. Na transversalidade, a heterogeneidade e a fulgurância dos rastros de outras existências que não cessam de surpreender-nos, atravessar e vibrar, se fala da escritura como evento singular plural na acolhida do que vem, sem chegada fixa a perturbar pressupostos privilégios e carências, a deslizar já sempre o chão, remover as cinzas e alterar os dualismos sobre os que se pretende fundada e assegurada a metafisica humanista ocidental. Entre a diversidade espaço-temporal do corpo e do corpus filosófico, literário, poético, entre outros textos aos que se recorreu durante a pesquisa, que em locomoção disseminante não quis esgotar-se em um contexto só, autor ou abordagem, destaca-se a heterogeneidade e o polimorfismo dos traços das alteridades animais e as relações com a escritura poética, que transtornam e excedem os confins do homem, a linguagem, o mundo, a suposta autossuficiência soberana e o sentido estabelecido, para outro reenvio e partilha que surge ao encontro iminente com outros viventes e não viventes, à intempérie do que (se) reinventa na vibrante aventura da metamorfose, as passagens e as pegadas que estranhamente se imprimem à literatura, a poesia, a música, as artes do visível, do espaço, entre outras ruinas, o que se passa (sem passo) , em im-previsível e iniludível contratempo. |