Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Martinelli, Leonardo Krás Borges
 |
Orientador(a): |
Russomano, Thais
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
|
Departamento: |
Faculdade de Engenharia
|
País: |
BR
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/3089
|
Resumo: |
A exposição à microgravidade acarreta alterações na atividade do sistema imunológico a nível celular, bem como na maioria dos sistemas fisiológicos do organismo. O ambiente desprovido de força gravitacional inibe funções linfocitárias envolvidas no processo de defesa imune do corpo humano, como locomoção celular e expressão de antígenos. O clinostato é uma das ferramentas utilizadas para simular microgravidade na Terra e estudar os seus efeitos em diversas funções fisiológicas do corpo humano. O presente estudo visou aperfeiçoar o terceiro protótipo do Clinostato 3D do Centro de Microgravidade/PUCRS, através da adição de componentes eletrônicos, como, por exemplo, microcontrolador, sensor de velocidade rotacional, sensor de temperatura e umidade e transceiver Rádio Freqüência, a fim de aumentar o seu desempenho e simplificar a sua operação. Este estudo também objetivou validar a nova versão do Clinostato 3D. Para tanto, realizou-se um estudo referente a processos imunológicos, o qual incluiu uma avaliação dos efeitos da microgravidade simulada sobre a proliferação e viabilidade de linfócitos T humanos em estimulação ao mitógeno fitohemaglutinina. O terceiro objetivo deste trabalho foi o de estudar o crescimento de células cancerígenas, utilizando-se o Clinostato 3D do Centro de Microgravidade como simulador de microgravidade. Os resultados do aperfeiçoamento do clinostato mostraram que os componentes eletrônicos implementados aumentaram o desempenho do Clinostato 3D e facilitaram a sua operação. No estudo de validação, não houve decréscimo na proliferação e viabilidade celular em 24h de simulação de microgravidade (p=0,146). Entretanto, ocorreu uma diminuição significativa (p=0,012) na proliferação e viabilidade celular após 48h de rotação no clinostato, o que corrobora pela literatura científica. A comparação dos resultados obtidos na clinorrotação em 24h e 48h revelou uma diferença significativa entre eles (p=0,003). Estes resultados validam o Clinostato 3D do Centro de Microgravidade como uma ferramenta capaz de simular microgravidade na Terra. O presente trabalho indica que a depressão imunológica associada aos vôos espaciais não está somente relacionada ao estresse físico e psicológico que o astronauta está sujeito, mas que esta pode ser causada pela microgravidade em si, a qual afeta a proliferação e a viabilidade celular. Os resultados do experimento com células tumorais K562 mostraram um crescimento significativo em relação ao controle estático (p=0,007), indicando que mais estudos na área de imunidade a tumores em microgravidade são necessários. |