Whats makes physical punishment beneficial or harmful?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Araújo, Rafael Moreno Ferro de lattes
Orientador(a): Mattiello, Rita lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Departamento: Escola de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8370
Resumo: Os maus-tratos infantis (abuso e negligência) são considerados como problemas de saúde pública globais, com graves consequências para a saúde mental de quem sofre. A maioria dos estudos sobre abuso não faz distinção entre os diferentes tipos de punição física (abuso físico, palmadas), a interação com os outros tipos de abuso (emocional e sexual), se a criança sabia sobre o motivo por estarem sendo punidas, ou o impacto subjetivo a longo prazo na vida de quem sofreu algum tipo de abuso. O objetivo deste estudo é descrever o impacto subjetivo na idade adulta do abuso ocorrido na infância e/ou na adolescência, analisar a associação de experiências abusivas na infância e/o na adolescência com o uso de medicações psicotrópicas ao longo da vida. Para este fim, analisamos os dados de uma grande pesquisa anônima on-line (BRAINSTEP, Brazilian Internet Study on Temperament and Psychopathology). Para avaliar a história de abuso sexual, físico e emocional na infância e/ou adolescência, utilizamos o QUESI (Questionário Sobre Traumas na Infância). Para aqueles que não sofreram abusos físicos com objetos, perguntamos sobre frequência de palmadas. Além disso, para aqueles que reportaram algum tipo de punição física (com objetos ou palmadas), avaliamos se ele sabia o motivo da punição. O impacto subjetivo foi avaliado em todos os participantes que sofreram algum tipo de abuso. O desfecho foi avaliado, o uso de medicações psicotrópicas ao longo da vida. Encontramos que o abuso emocional e sexual estava associado a um impacto subjetivo negativo, independentemente da intensidade. Por sua vez, a punição física nem sempre esteve associada a um impacto subjetivo negativo, sendo que foi maior para aqueles indivíduos que não sabiam o motivo da punição. O abuso emocional mostrou a maior associação com o uso de medicações psiquiátricas ao longo da vida. Os participantes que reportaram um impacto subjetivo positivo da punição física utilizaram menos frequentemente medicações psiquiátricas ao longo da vida. Esses achados sugerem que os mecanismos, que associam abuso a consequências negativas, são mais complexos do que os descritos anteriormente; seu impacto subjetivo e a coocorrência de abuso emocional também devem ser levados em consideração.