Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Faleiros, Juliana Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-18122006-173405/
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Resumo: |
FALEIROS, J. M. Estudo da prevalência de maus - tratos em crianças matriculadas de 1ª à 4ª série do ensino fundamental em escolas da rede pública e particular da cidade de Ribeirão Preto. 150 p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. 2006. Os maus-tratos na infância têm se revelado um foco de preocupação no meio científico devido às descobertas das graves conseqüências a curto e longo prazo no desenvolvimento da criança. No meio político e social, no entanto, essa questão, e suas graves conseqüências, parece caminhar ainda muito lentamente na direção do estabelecimento de políticas públicas efetivas. A escassez de estatísticas e a ausência de um conhecimento mais aprofundado das diversas situações de maus-tratos fazem com que a problemática receba uma atenção pouca adequada e especializada. A literatura científica aponta a provável existência de um grande número de casos que não se chega a conhecer, para além dos números divulgados por órgãos oficiais de proteção. Com o objetivo de estimar de forma mais precisa o número de casos de maus-tratos domésticos na cidade de Ribeirão Preto, o presente estudo buscou mensurar a prevalência de maus-tratos, por amostragem, em crianças matriculadas de 1ª a 4ª série do ensino fundamental nos estabelecimentos educacionais da rede pública e particular, a partir de informações obtidas junto ao setor da educação. A investigação adotou uma abordagem quantitativa/descritiva, de caráter epidemiológico. O instrumento utilizado foi a artilha Epidemiológica, já testada em nossa realidade em estudo semelhante, em que se focou a faixa etária de 0 a 6 anos. Esta foi elaborada para abordar os profissionais da educação e, no presente, foi utilizada junto a professores responsáveis por salas de 1ª a 4ª série do ensino fundamental do sistema público e particular do município. Além do número de casos e de suas características, a Cartilha também permite investigar os fatores de risco associados e os indicadores comportamentais/emocionais das crianças assinaladas. Respeitando-se o princípio da aleatoriedade, procedeu-se a um sorteio das escolas, por região da cidade, tendo chegado a um número de 151 professores entrevistados responsáveis por 3.885 crianças. Os resultados indicaram uma prevalência de 3,9% que calculada para a população varia entre 3,3% e 4,6% (IC=95%). Os tipos de maus-tratos assinalados, mais freqüentemente, pelos professores foram Maltrato Emocional, Abandono Emocional e Falta de Controle Parental. O Desemprego, (32%), dificuldades econômicas graves (26%) e baixa escolaridade (26%) foram os fatores de risco mais freqüentemente assinalados nas famílias. 75% das crianças assinaladas têm problemas escolares, parecem não ter interesse em aprender (62%) e parecem ter baixa auto-estima (57%). Ainda, os professores relataram que, pelo menos 72% dos casos assinalados não eram conhecidos dos órgãos oficiais de proteção. Isso significa que em cada sala de aula existe pelo menos uma criança que está vivendo uma situação adversa em casa sem receber qualquer tipo de acompanhamento, confirmando as indicações da literatura quanto ao fato de os dados oficiais serem a ponta do iceberg. Além disso, as crianças assinaladas já estão apresentando conseqüências desenvolvimentais importantes. A negligência como tipo mais freqüente merece ser melhor compreendida em estudos posteriores, devido aos graves danos que provoca às crianças. Em relação aos fatores de risco, os professores assinalaram mais freqüentemente o fato de os adultos das famílias estarem desempregados, passando por dificuldades econômicas e de possuírem baixa escolaridade. Contudo, neste âmbito, o fato de os professores terem pouco conhecimento a respeito das famílias sobressai-se em relação ao que sabem, denotando uma enorme distância entre a família e escola, que deveria ser minorada. |