Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Escouto, Daniele Cristóvão
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Orientador(a): |
Figueiredo, Carlos Eduardo Poli de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
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Departamento: |
Escola de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8270
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Resumo: |
Introdução – A distinção adequada dos casos de alto risco para eventos graves nas doenças hipertensivas gestacionais, não apenas pré-eclâmpsia, é um desafio clínico. O modelo fullPIERS é uma ferramenta simples e de baixo custo que utiliza variáveis clínicas para estratificar a probabilidade de eventos adversos em gestantes com pré-eclâmpsia. O fator de crescimento placentário (PlGF) é um biomarcador com concentrações reduzidas no plasma de mulheres com pré-eclâmpsia e com crescente emprego na avaliação de gestantes com suspeita de pré-eclâmpsia. Objetivos – O objetivo deste estudo é estimar a acurácia do modelo fullPIERS e do biomarcador PlGF como preditores de desfechos adversos maternos em gestantes com doença hipertensiva gestacional. Métodos – Estudo de coorte prospectiva em um hospital terciário em Porto Alegre, Brasil, que incluiu gestantes admitidas com pressão arterial sistólica ≥ 140 e/ou pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg a partir da 20ª semana de gestação. Os piores valores de variáveis clínicas e laboratoriais dentro das primeiras 48 horas de admissão foram coletados. Desenvolvimento de eventos adversos foi acompanhado por um período de 14 dias. Concentrações plasmáticas maternas de PlGF do momento da admissão foram mensuradas. Resultados – 405 gestantes foram incluídas no estudo. Entre as 351 mulheres incluídas na análise do modelo fullPIERS, 20 (5%) desenvolveram pelo menos um evento adverso materno dentro de 14 dias de internação. O modelo fullPIERS teve pouca capacidade discriminativa para prever desfechos em 48 horas [AUC 0,639 (95% CI 0,458-0,819)]. A acurácia do modelo foi ainda mais baixa dentro de sete semanas da admissão [AUC 0,612 (95% CI 0,440-0,783)]; a capacidade discriminativa manteve-se similar dentro de 14 dias da admissão [AUC 0,637 (95% CI 0,491-0,783)]. A calibração do modelo fullPIERS também foi ruim: inclinação 0,35 (95% CI 0,08-0,62) e intercepto 1,13 (95%CI -2,4-0,14). A análise do PlGF incluiu 392 gestantes. PlGF <5º percentil esteve associados a eventos adversos maternos dentro de 48 horas em gestantes incluídas antes de 35 semanas com sensibilidade de 0,80 (0,4-0,96), valor preditivo negativo (VPN) de 0,98 (0,9-0,99) e AUC ROC de 0,672 (IC 95% 0,5-0,9). PlGF <100 pg/mL apresentaram sensibilidade de 0,8 (0,4-0,96), especificidade de 0,6 (0,5-0,7) e VPN de 0,99 (0,94-0,99) em mulheres após 37 semanas de gravidez. PlGF apresentou bom desempenho para prever parto até 14 dias em gestantes incluídas antes de 35 semanas. PlGF <5º percentil esteve associado a recém-nascido pequeno para idade gestacional (PIG) com sensibilidade de 0,75 (0,6-0,9), especificidade 0,65 (0,5-0,7), NPV de 0,87 (0,79-0,94) e AUC ROC 0,698 (0,6-0,79), em gestantes com <35 semanas, a acurácia diminuiu com o aumento das idades gestacionais. Conclusões – O modelo fullPIERS e a concentração de PLGF mostraram baixa acurácia na predição de desfechos adversos maternos em mulheres com doença hipertensiva gestacional, incluindo pré-eclâmpsia. O modelo fullPIERS teve desempenho inferior na nossa amostra quando comparado com o estudo que validou este teste. O PLGF parece ser um biomarcador para uso como ferramenta adicional na predição de parto dentro de 14 dias e recém-nascidos PIG, especialmente em gestantes antes da 35ª semana gestacional. |