Geraldo de Barros e a construção da abstração na fotografia: um estudo sobre o ensaio Fotoformas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gonçalves, Augusto Cezar Alves lattes
Orientador(a): Santaella, Lucia lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica
Departamento: Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/42911
Resumo: Este trabalho explora a aplicação da semiótica peirciana ao ensaio "Fotoformas" de Geraldo de Barros, utilizando a teoria de Charles Sanders Peirce para analisar como a abstração e a manipulação da luz nas obras do artista desafiam e expandem as convenções da fotografia visual e da representação artística. Através da revisão das tricotomias de Peirce—Ícone, Índice, Símbolo; Quali-signo, Sin-signo, Legi-signo; e Rema, Dicisigno, Argumento—o estudo demonstra como os elementos visuais em "Fotoformas" funcionam dentro destas categorias para criar uma experiência visual que transcende a percepção tradicional e engaja o espectador em um diálogo mais profundo sobre a realidade e a abstração. A luz, elemento central nas obras de Barros, é tratada como um agente conceitual que transforma a realidade visual, levando a interpretações que vão além do concreto. Esta abordagem desafia a representação tradicional na fotografia e explora como a luz pode alterar a percepção dos objetos. Barros eleva a luz de um mero meio para uma força expressiva ativa, criando camadas de significado através de técnicas como sobreposição e manipulação do negativo, que destacam qualidades dos objetos de maneiras inicialmente irreconhecíveis. O estudo também enfatiza a complexidade dos signos em "Fotoformas". Cada imagem atua como um signo que, além de representar seu objeto físico original, evoca interpretações e ideias mais elaboradas. Isso se alinha com a visão de Peirce de que os signos são dinâmicos e multifacetados, capazes de gerar uma gama de interpretantes. A semiótica, como ferramenta analítica, permite uma compreensão mais profunda de como as imagens manipulam os elementos visuais para explorar e expandir as fronteiras do que a arte pode representar e como ela é percebida. A pesquisa conclui que "Fotoformas" de Barros reafirma e expande a teoria de Peirce ao demonstrar a flexibilidade e adaptabilidade dos signos em contextos artísticos modernos. O trabalho de Barros redefine a fotografia abstrata e contribui significativamente para o diálogo acadêmico sobre a semiótica na arte, abrindo novos caminhos para compreender a interação entre visualidade, significado e interpretação cultural. Este resumo estabelece o cenário para uma discussão mais detalhada nas seções subsequentes da dissertação, onde cada aspecto da análise semiótica será explorado com maior profundidade, ilustrando como a arte contemporânea, especialmente a abstração em fotografia, pode ser profundamente informada e enriquecida pelo enquadramento teórico de Peirce