[pt] PROCESSAMENTO DA CONCORDÂNCIA DE NÚMERO ENTRE SUJEITO E VERBO NA PRODUÇÃO DE SENTENÇAS
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9004&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9004&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.9004 |
Resumo: | [pt] O processamento da concordância de número sujeito-verbo na produção de sentenças por falantes do dialeto culto do português brasileiro é investigado. A dissertação focaliza os chamados erros de atração e seu principal objetivo é identificar os fatores que interferem no processamento da concordância e prover uma explicação psicolingüística que seja compatível com pressupostos do Programa Minimalista da Lingüística Gerativa. Mais especificamente, busca-se examinar: i) as condições que favorecem os erros e as propriedades sintáticas que levam um núcleo interveniente a ser tomado como o controlador da concordância; ii) a interferência de informação morfofonológica de número dos elementos que integram os modificadores do DP sujeito; iii) a interferência de informação semântica de número no estabelecimento da concordância. Ainda como objetivo específico busca-se distinguir em termos estruturais os DPs responsáveis pelos erros de atração daqueles que licenciam uma forma singular ou plural do verbo - as chamadas construções partitivas. Aplica-se uma tarefa psicolingüística envolvendo julgamento de gramaticalidade a fim de investigar diferenças de processamento da concordância entre as construções partitivas e os DPs complexos. A relevância dos tópicos investigados se deve ao fato de estes permitirem uma discussão mais ampla acerca da autonomia do formulador sintático. Parte-se de vasta revisão da literatura, na qual se reportam interferências sintáticas, semânticas e morfofonológicas no processamento da concordância em diferentes línguas. Explicações apresentadas por modelos de produção interativos e não-interativos são discutidas. Inclui-se ainda uma caracterização da concepção minimalista de língua, com o tratamento da concordância como processo de valoração de traços formais, e um modelo de produção de natureza serial, não-interativo, que incorpora um parser- monitorador funcionando paralelamente à formulação dos enunciados - modelo PMP (produção monitorada por parser). Em seguida, reportam-se 5 experimentos com falantes de português. Os resultados indicaram efeito de marcação e de distância linear entre o núcleo do sujeito e o verbo, com mais erros para núcleo do sujeito não-marcado (singular) e linearmente distante do verbo, e efeito de posição estrutural do núcleo interveniente, com maior incidência de erros para os núcleos hierarquicamente próximos do nó mais alto do DP sujeito e núcleos inseridos em PPs argumentos. Um efeito semântico de distributividade associado a efeito de marcação também foi obtido. Quanto a fatores morfofonológicos, a informação de número no determinante (e não no nome) mostrou-se crucial para a identificação do número do DP sujeito. É proposta uma versão ampliada e revista do modelo PMP que unifica explicações para os erros de concordância em termos de uma escala de acessibilidade da representação do DP sujeito pela memória de trabalho e que leva em consideração as expectativas do parser como possível fator de interferência em erros de atração. Essa interferência ocorreria após o parsing do primeiro DP e afetaria a codificação morfofonológica do verbo. Em suma, a tese aqui veiculada é a de que os erros de concordância não ocorrem na computação sintática e que o formulador sintático atua de forma autônoma. |