[pt] A INTERAÇÃO ENTRE INFORMAÇÕES LINGUÍSTICA E VISUAL NA COMPREENSÃO DA LINGUAGEM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: VINÍCIUS GUIMARÃES RODRIGUES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29992&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29992&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29992
Resumo: [pt] Esta dissertação tem por objetivo analisar como ocorre a interação entre informações de ordens linguística e visual em experimentos de compreensão de linguagem. Sentenças do português nas vozes ativa e passiva e com verbos de perspectiva (perseguir/fugir) foram analisadas a partir da técnica de comparação sentença-imagem, com manipulação de posição ocupada na imagem pelo personagem correspondente ao sujeito da sentença (esquerda vs. direita) e também do papel temático (agente/fonte vs. paciente/alvo) de um dos personagens sobre o qual recaía um recurso de manipulação de atenção visual. Do ponto de vista teórico, proble-matizou-se a interação entre conteúdos proposicionais oriundos do processamento visual e linguístico com base em uma articulação entre a faculdade da linguagem no sentido amplo (Hauser, Chomsky & Fitch, 2002) e a teoria da modularidade da mente (Fodor, 1983). Os resultados de dois experimentos realizados com falantes de português sugerem que, no mapeamento sentença-imagem, a posição do personagem correspondente ao sujeito não parece ser um fator relevante, a não ser em estruturas mais complexas, como no caso de sentenças envolvendo verbos de perspectiva em que o papel temático do sujeito não é prototípico. Em relação a papel temático, o fato de o foco atencional numa imagem estar sobre um elemento que corresponde a um sujeito com papel prototípico de agente parece facilitar o proces-samento. Quanto aos tipos de estrutura, como já verificado na literatura psicolin-guística, estruturas ativas parecem ser menos complexas do que passivas e facilitam o mapeamento visual. Quanto à expressão de perspectiva, verbos de perspectiva que empreendem um sujeito paciente/alvo parecem demandar maior custo de pro-cessamento, possivelmente em função de questões de acesso e representação lexical associadas a esses verbos.